O líder da extrema direita austríaca FPÖ, que espera entrar no governo após as legislativas de domingo, defendeu nesta segunda-feira a aproximação de Viena com os países da Europa Central que integram o grupo de Visegrád, oposto a vários projetos da Comissão Europeia.

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“Seria bom se fôssemos membros do grupo de Visegrád”, declarou Heinz-Christian Strache durante debate com o chanceler social democrata (SPÖ), Christian Kern.

Uma aliança com este grupo informal de países integrado por Polônia, Hungria, República Tcheca e Eslováquia é pertinente, segundo Strache, “mesmo que não seja por razões históricas”.

O grupo de Visegrád, especialmente Budapeste e Varsóvia, se opõe a Bruxelas em várias frentes, mas especialmente sobre migração, delegação de soberania e visão do Estado de direito.

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O FPÖ pretende chegar na segunda posição nas legislativas antecipadas previstas para o próximo domingo, na Áustria, atrás apenas do partido conservador de Sebastian Kurz, grande favorito.

Conservadores e social democratas dizem não querer renovar sua coalizão de governo, no poder há dez anos, o que tornará quase inevitável uma aliança com o FPÖ.

Após uma série de revelações que mancharam sua imagem na reta final da campanha, o SPÖ ocupa a terceira posição nas pesquisas, com 23%, atrás do FPÖ, 27%, e do partido conservador ÖVP, 33%. A pesquisa, publicada nesta segunda-feira pelo jornal Österreich, tem margem de erro de seis pontos.

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* AFP