A extração de gás de xisto por “fracking” – ou fratura hidráulica de rochas – provocou no Canadá um terremoto de 4,4 graus de magnitude, um dos mais fortes já registrados no planeta em função desta polêmica técnica, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

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A operação que causou o abalo era realizada pela Progress Energy, filial canadense da gigante de petróleo e gás malaia Petronas.

A Comissão de Petróleo e Gás da província de British Columbia, no oeste do Canadá, encontrou uma ligação entre as operações da Progress Energy na zona e o terremoto de 4,4 graus de magnitude que abalou a cidade de Fort St. John em agosto do ano passado, revelou o canal CBC.

A comissão concluiu que o tremor foi “provocado pela injeção de fluido durante uma fratura hidráulica” realizada pela companhia.

O abalo foi precedido por outro tremor, de 3,9 graus de magnitude, no mês de julho de 2014, possivelmente também causado por “fracking”.

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O “fracking” é um processo utilizado para extrair gás de xisto por meio da injeção a alta pressão de uma mistura de água, areia e produtos químicos para fraturar camadas de rochas a grande profundidade.

Os ambientalistas afirmam que o processo pode contaminar as águas subterrâneas e causar pequenos terremotos.

Utilizado amplamente nos Estados Unidos, o “fracking” não é permitido em alguns países da Europa.

Após os abalos de 2014, a Progress Energy recebeu e acatou uma ordem para reduzir o volume de fluido utilizado no processo, destacou a CBC.

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* AFP