Ficar quatro anos sem ser expulso deixaria qualquer volante orgulhoso. Mas para Josué é diferente. O último cartão vermelho, recebido no dia 9 de agosto de 2006, é uma marca negativa em sua carreira. A esperada final da Copa Libertadores durou apenas 10 minutos para o então camisa oito do São Paulo. No Morumbi, contra o Inter, ele foi expulso após acertar uma cotovelada em Rafael Sobis.

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– Cheguei ao vestiário e a ficha não havia caído ainda. Depois eu falei “nossa, não jogo o próximo jogo”. Aquilo era muito doloroso para mim – lembra.

O cartão foi um golpe para o jogador. Além de ter perdido quase todo primeiro jogo da decisão, ele precisou cumprir suspensão e ficou fora da partida final, no Beira-Rio. E o título ficou com o Inter, que venceu por 2 a 1 no Morumbi e, em casa, garantiu o empate em 2 a 2. Até hoje, o jogador reconhece que é um dos culpados pela derrota.

– Fiquei muito triste pelo que aconteceu e tenho minha parcela de culpa na perda do título assim como todos os jogadores – acrescentou.

Quatro anos depois, o Tricolor tem jogo decisivo com o Inter em Porto Alegre e o volante, hoje capitão do Wolfsburg assistira a partida pela televisão na Alemanha. Com passagem pelo país europeu, Alex Silva é o jogador com quem o volante mais tem contato. Ambos trocam mensagens pela internet, mas hoje será diferente.

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– Eu vou dar uma ligada para alguns jogadores, porque assim tenho um contato melhor que pela internet. Amanhã (hoje) vou dar uma ligadinha para o Alex Silva, também vou ligar para o Rogério. Isso ajuda bastante – afirmou.

A distância entre Brasil e Europa não impede que Josué pare de acompanhar seu ex-clube e ele não esconde que sua torcida é pelo Tricolor. Ainda mais devido ao adversário e tudo o que vem na cabeça de Josué quando se fala em Libertadores, São Paulo e Inter.

– Quando eles eliminaram o Estudiantes e deu São Paulo e Inter, já voltou a fita de 2006 na minha cabeça. É chato falar em revanche, mas já se criou uma certa rivalidade.

Devido ao fuso horário, o jogo vai acontecer quando estiver de madrugada na Alemanha. Josué espera acordar e saber pela internet de uma vitória tricolor. Mas vai dormir com o jogo na cabeça.

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– Se eu sonhar, tomara que seja um sonho bom e não um pesadelo. Pois já basta aquele de 2006.

Em gráfico, o serviço do jogo: