Arte para ler, ver, ouvir e tocar é o que oferece o cardápio de 20 exposições na programação paralela da Jornada de Literatura. Com projetos que vão do humor à história e pitadas de sustentabilidade e inovação, as mostras atraíram um público predominantemente jovem em busca de um olhar contemporâneo.
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– A proposta foi apresentar a leitura em várias linguagens e mais de 1,8 mil visitantes marcaram presença só no Circo da Cultura – revela Mariane Loch Sbeghen, coordenadora das exposições.
Da sátira política à preservação ambiental, os cartuns deram o ar da graça na Jornada pelos traços de ícones como Chico Caruso e pela sensibilidade das 108 obras do 4º Ecocartoon. Outro destaque foram as exposições QR-Comms e QR-Poema, de Giselle Beiguelman, que aliaram literatura a novas tecnologias multimídia
A releitura de obras textos clássicos como o de Machado de Assis, feita por artistas plásticos do grupo A flecha, também atraiu o público. As mostras fotográficas Escolas de valor, da Editora Moderna, e Infinitos Nós, do Grupo da foto de Passo Fundo, apresentaram novas formas de leitura visual.
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A história de três décadas das Jornadas Literárias foi retratada por uma exposição com memórias das edições anteriores e, ainda, pelo olhar ousado do grupo Bando de Barro, que homenageou a movimentação literária com formatos diversos e a possibilidade de tatear as obras.
As exposições fora do Circo da Cultura também convenceram, como a mostra de trabalhos feitos por alunos na Pré-Jornadinha, que vai até domingo no Zaffari Bourbon Shopping. Mas engana-se quem pensa que o término da Jornada põe fim às mostras. Algumas delas prosseguirão até setembro.
É o caso do projeto Arte e rede no Largo da Literatura da Praça Armando Sbeghen e da trinca Poesia da Imagem de Jener Gomes, vídeo Lapsos e série fotográfica Fulgores no Museu de Artes Visuais Ruth Schneider. Ainda há o projeto Jornada em Ação, que rodará o campus da Universidade de Passo Fundo (UPF).
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Entre tantas novidades, uma história curiosa. A mostra de objetos pessoais do autor homenageado Josué Guimarães, um dos idealizadores das Jornadas Literárias, fascinou o público. O local se transformou em sala de aula com professores apresentando a máquina de escrever para crianças que nunca haviam visto uma de tão perto.
– Cada obra de arte tem a sua linguagem, até mesmo o que parece ser algo comum – observa Mariane.