Exposição solar: riscos e danos

A previsão do índice de radiação ultra violeta extremamente alto para o Sul do Brasil nos próximos dias nos faz refletir sobre os benefícios e malefícios da exposição solar. O sol emite várias faixas de ondas de luz, algumas perceptíveis à nossa visão, outras invisíveis. Das que causam danos à pele humana podemos afirmar que a radiação ultra violeta A e B , a luz visível e a radiação infravermelha têm efeitos comprovadamente nocivos a curto e longo prazo. Os danos imediatos são a queimadura solar com reação inflamatória com dor e ardência, bronzeamento imediato e tardio como resposta à agressão, espessamento da pele e imunossupressão, como por exemplo a recidiva de herpes labial após a exposição solar.

Já os efeitos tardios incluem fotoenvelhecimento (conjunto de sinais como manchas, pele com perda da elasticidade e rugas), formação de vasinhos na face e colo, além do melasma, comum em mulheres em uso de método anticoncepcional hormonal e nas gestantes.

O mais temido efeito tardio é a carcinogenese, em que a cada dia que passa temos visto um epidemia de cânceres de pele , colocando Santa Catarina no topo do ranking nacional segundo o Instituto Nacional do Câncer.

O meu mais jovem paciente a ter câncer de pele até 2012 era um homem de 29 anos, sendo superado por uma moça de 23 anos em 2013. Todos com histórico de que quando crianças e adolescentes tiveram queimaduras e muita exposição ao sol. Temos de repensar as políticas públicas de prevenção ao câncer de pele.

Algumas das recomendações mais importantes são evitar expor ao sol crianças abaixo de seis meses, de seis meses até dois anos devem ser usados filtros FPS 30 ou maior e preferencialmente com uma maior composição na sua formula de filtros inorgânicos ou físicos, fotoproteção mecânica com roupas UV, chapéus e óculos, nas gestantes manter a proteção mecânica com roupa e chapéu, uso de filtros aprovados pela Anvisa, exceto os que tenham nanotecnologia , até que melhores estudos sobre o tema sejam realizados.