Os sorridos estampados nas fotografias representam a força e a coragem de quem conseguiu superar uma doença depois de uma difícil batalha. A imagens fazem parte de uma exposição da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau dedicada à campanha do Outubro Rosa, cujo objetivo é conscientizar e prevenir o câncer de mama. A ideia é mostrar os desafios e obstáculos do tratamento oncológico, mas também a beleza que vem depois dele.

Continua depois da publicidade

Inscreva-se e receba notícias pelo WhatsApp do Vale do Itajaí

Em parceria com a NSC TV, a exposição é gratuita e fica no Neumarkt Shopping, em frente ao GNC Cinemas. Intitulada “Um sorriso por dia”, ela retrata também a história dessas mulheres que receberam o apoio da Rede Feminina de Blumenau, uma instituição que, hoje, conta com mais de 120 voluntárias.

A cada sorriso estampado nas fotografias, uma trajetória diferente é revelada — e não há quem não se emocione. Com relatos sinceros, elas falam do processo de descoberta da doença e como lidaram com a notícia inesperada.

A exposição fica disponível até 15 de novembro e todas as histórias podem ser conferidas abaixo.

Continua depois da publicidade

Veja fotos das entrevistadas

Palmira da Silva

“Palmira da Silva, 63 anos, soube que tinha câncer em novembro de 2022. Comecei a frequentar a Rede Feminina de Blumenau em janeiro de 2023 por indicação de uma amiga. Atualmente faço fisioterapia com as luvas e o atendimento da fisioterapeuta Cléria. Sou muito grata pelo acolhimento carinhoso que sempre encontro na Rede Feminina”.

Gilmara Westphal S. Soares

“Em janeiro de 2022 achei um nódulo na mama. No começo achei que não era nada demais. Quando veio o resultado da biopsia, foi como cair num buraco sem fundo. Mas me agarrei a Deus e com o apoio da família e amigos a jornada ficou mais leve. Já conhecia a Rede Feminina pela minha tia, que também frequentou. Eu nunca achei que iria precisar. Já conhecia a voluntária Zélia, ela me fez o convite. A fisioterapia está me ajudando muito. Sou sempre grata”.

Marli Teresinha Testoni

“Quando fui fazer meu tratamento oncológico, o Dr. Sandro falou pra mim sobre a Rede Feminina, ele me deu um atestado e comecei a frequentar a MASTEC, onde recebo atendimento de fisioterapia. Fui muito bem acolhida por todas as voluntárias. Só gratidão”.

Continua depois da publicidade

Sirlei Maria Modolon Aguiar

“Meu câncer iniciou em 2016. Quando descobrimos, logo comecei o tratamento, em 2017. Fui diagnosticada com câncer de mama (retirei um quadrante do seio), fiz quimioterapia e radioterapia. Em 2019 foi descoberto outro câncer, desta vez no estomago, fiz a bariátrica e não foi feito quimio ou radioterapia.

Após dois anos, em 2021, encontraram dois tumores no pulmão e um na clavícula, fiz novamente o tratamento de quimioterapia. No início deste ano (2023) foi descoberto um tumor na cabeça. Realizei uma radiocirurgia e sigo na quimioterapia oral e injetada. Continuo minha caminhada bem, com muita força, garra e, principalmente fé.

Vale ressalta que meu oncologista é o Dr. Gustavo, do Hospital Santo Antônio, e meu tratamento é sempre pelo SUS. Agradeço imensamente a Rede Feminina de Blumenau”.

Carmen Pfutzenreiter

“Carmen Pfutzenreiter, 70 anos. Com 50 anos tive câncer de mama. Fiz mastectomia radical, fiz quimioterapia injetada, depois mais 5 anos de quimio oral. Em nenhum momento me abalei. Dizia – se for a vontade de Deus, ele vai me curar, e curou. Foi aí que conheci a Rede Feminina de Blumenau, que me acolheu e estou lá até hoje. São nossos anjos cor de rosa. Lá temos todo apoio. É um lugar onde a gente se sente feliz e não vê a hora de voltar a cada semana. Nos sentimos em família”.

Continua depois da publicidade

Maria Habeck

“Há 8 anos descobri que estava com câncer de mama. Em 2015 fiz cirurgia, 16 sessões de quimioterapia e fui encaminhada para a Rede Feminina. Graças a esses anjos eu comecei a me recuperar e até hoje faço fisioterapia na sala das luvas. Então surgiu na Rede Feminina um projeto da FURB, e faço parte deste grupo (VIVER-BEM VIVER), lá fizemos uma variedade de exercícios físicos que nos auxiliam na recuperação física e mental. Estou feliz e muito bem”.

Regina G. Kochh

“Vou falar um pouco do que eu passei até chegar na Rede Feminina, que me acolheu com carinho e atenção. Elas são anjos vestidas de rosa. Em fevereiro de 2020, apareceu um nódulo na mama direita, logo marcaram a mamografia. Em março fiz a biopsia e em 15 dias recebi o resultado: era maligno.

Fiquei sem chão. Não sabia o que fazer. O médico ia falando comigo e eu não ouvia nada. Rezei, pedi a Deus que me iluminasse em tudo para eu não cair em desespero. Me agarrei a Deus, pois sem Ele não somos nada.

No final de junho fiz a cirurgia. Em setembro comecei a quimioterapia. O Dr. Gustavo me orientou para ir na Rede Feminina, mas estava bem no auge da pandemia. Em março de 2021 comecei a radioterapia. Após 3 anos, procurei a Rede Feminina de Blumenau. Tenho gratidão a Deus, família, amigos por terem me apoiado. Gratidão sempre!”.

Continua depois da publicidade

Bernadete S. de Souza

“Paciente hoje voluntária. Descobri meu câncer em maio de 1991, há 32 anos. Foi por meu conhecimento antecipado, pois sempre me tocava, tocava meu corpo. Era pequeno, uma simples “cabeça de alfinete”. Achei estranho e logo procurei a Rede Feminina de Blumenau. Então a Dra. Margot me orientou a procurar um especialista. No consultório ele fez uma pulsão, colheu um líquido do meu seio direito, uns dias depois fui retirar. O resultado era câncer, logo fiz cirurgia de quadrante, não precisei de quimioterapia, só 5 sessões de radioterapia e fui liberada.

Na Rede Feminina, hoje curada, falo meu relato. Meu sucesso, minha coragem de logo procurar recurso. Agradeço todos os dias a Deus a minha cura, a minha família e em especial a Rede Feminina por estar sempre orientando a importância da prevenção. Desde então, sou orgulhosamente voluntária na RFCC Blumenau”.

Orlani Aparecida Valério de Oliveira

“Sou muito grata a RFCC Blumenau, pois aí Deus colocou pessoas abençoadas, amorosas que cuidam das pacientes com muito amor e respeito. Na Rede tem muita humanidade, encontramos carinho, compreensão e muito amor. Se não houvesse a Rede Feminina, não sei o que seria de nós, mulheres que passamos por esse tratamento tão difícil. O meu muito obrigada a todas as voluntária das RFCC Blumenau”.

Ursula da Cunha

“Fiz uma mastectomia bilateral e quimioterapia em fevereiro de 2000. Neste período pós cirurgia fui convidada a entrar na Rede Feminina de Combate ao Câncer. Me emociono ao falar.

Continua depois da publicidade

Lá encontrei pessoas maravilhosas que me deram um grande apoio, muita força moral, amor, carinho e compreensão. Tudo o que eu precisava eu encontrei na Rede Feminina. É maravilhoso, já estou há 23 ano e meio. Quando entro em férias sinto muitas saudades. Na Rede Feminina a gente tem alongamento uma vez por semana com o projeto Bem-Viver-Bem, da FURB. Temos psicólogas, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta.

As voluntárias são como “uma mãe” para nós. Lá é minha segunda casa. Amo demais participar. Então a Rede Feminina completa 50 anos em Blumenau, desejo muito mais, sempre cada vez melhor para o nosso coração. Muita gratidão por tudo”.

Sandra Tonholi

“Meu nome é Sandra Tonholi, mastectomizada há 11 anos. Meu oncologista indicou a Rede Feminina como uma rede de apoio a mulheres com o mesmo problema. Amo todos os atendimentos que a rede oferece, participo do grupo Bem-viver-bem, que nos ensinam exercícios importantes. Lá me sinto mais forte, tenho mais animo, alegria e disposição”.

Ingrid Probst

“Sou mastectomizada dos dois seios. O primeiro foi em 1991, fazem 32 anos. O outro em 2007, fazem 16 anos. Fui convidada pela Odinéia Marquetti para procurar a Rede Feminina. Fui muito bem acolhida pelas voluntárias. Com o passar do tempo e o tratamento fui convidada a ser voluntária. Já estou há 14 anos. Lá trabalhei no brechó. Hoje estou totalmente curada e faço parte do bazar, costurando em casa para a Rede Feminina. Sempre querendo ajudar quem me acolheu tá bem”.

Continua depois da publicidade

Marcia Salete de Bairos Freitas

“Sou paciente da Rede Feminina de Blumenau desde maio deste ano, logo após a cirurgia para a retirada de um câncer de mama. A Rede agora é minha segunda casa, me acolheram como filha na luta contra o câncer. Todos os atendimentos que recebo lá estão sendo essenciais para o meu tratamento”.

Anelise Regina Reinert Vieira

“Em 2014 eu tive câncer no seio, fiz a cirurgia dia 25 de junho, foi feito a retirada total do meu seio esquerdo. No dia da cirurgia, o doutor percebeu um inchaço na minha barriga. Pediu um ultrassom e foi diagnosticado um outro câncer, localizado atrás do ovário, assim fiz outra cirurgia 5 dias após a primeira, para retirada do útero, ovários e trompas. Passei pela quimioterapia, perdi todo o cabelo. Durante 8 meses me adaptei com lenços na cabeça.

Foi um período muito difícil, mas de um aprendizado enorme pra mim. Fiz 28 sessões de radioterapia para finalizar o tratamento. Foi aí que fui na Rede Feminina para iniciar uma nova etapa, dessa fico até feliz em falar do atendimento maravilhoso que temos lá. Fui acolhida com os braços abertos por todas, meninas maravilhosas, anjos cor de rosa que nos auxiliam e ajudam. Estou na Rede há 9 anos e eu amo.

Participo dos exercícios que as meninas da FURB fazem com a gente. Momentos que são ótimos para o nosso corpo e pra nossa mente. Uma hora de exercícios toda quarta-feira é importante, eu me sinto mais disposta com essas atividades. Agradeço a Deus por fazer parte de tudo isso. Fiz amizades na RFCC que levarei para vida toda”.

Continua depois da publicidade

Judite Jung Freitas de Souza

“Tenho 75 anos e há 6 anos iniciei minha luta contra o câncer de mama. Minha história com a doença me pegou de surpresa, devido minha idade não imaginava passar por tal situação. Em 12 meses me submeti a 3 cirurgias, até ter 100% dos meus seios retirados. Na época foi um processo muito dolorido tanto psicologicamente quanto fisicamente.

Foi onde em conversa com meu neto e sua esposa eles mencionaram a Rede Feminina como um caminho para minha recuperação. A voluntária na época, Sandra Dafaveri, amiga dos meus netos foi quem abriu as portas para mim. Assim tive acompanhamentos de psicóloga e fisioterapeuta no início. Atualmente mantenho a fisioterapia com as luvas e as massagens da fisioterapeuta na sede da Rede Feminina. Lá me sinto acolhida, amada.

Sou muito grata a todos que conheci e que, com certeza, tornaram essa jornada mais leve e menos dolorida. Meu eterno muito obrigada”.

Marli Bertelli

“Recebi o diagnóstico de câncer de mama em novembro de 2021. Em janeiro de 2022 fiz 2 cirurgias. Em fevereiro iniciei o tratamento de quimioterapia e radioterapia. Em junho de 2022 conheci a MASTEC, setor da Rede Feminina onde fui muito bem recebida por todas as voluntárias. Sou muito grata a todas as voluntárias da RFCC Blumenau”.

Continua depois da publicidade

Maria José da Silva

“Fui diagnosticada com câncer de mama em 2021. Passei por cirurgia de mama, radioterapia e fisioterapia. Atualmente faço uso de quimioterapia via oral, porém ainda tenho muita dor no braço. Então minha médica me encaminhou para a Rede Feminina, onde faço fisioterapia com as luvas. Agora melhoro a cada dia. Sou muito grata”.

Zélia dos Santos

Nasci em novembro de 1952, em Dracena-SP. Professora de séries iniciais (1ª a 4ª séries), aposentada.
Tudo corria muito bem na minha vida familiar e profissional. Desde 2003 me dedicando as corridas de rua, com bons desempenhos. Porém em abril de 2007, após um exame de rotina (preventivo), fui diagnosticada com um agressivo câncer de mama.

Período muito difícil: diagnóstico, cirurgia, quimioterapia, radioterapia e acompanhamento com medicações por mais cinco anos.

Cheguei na Rede Feminina por orientação médica, devido ás sequelas deixadas pela cirurgia. Além das dores físicas, também haviam as psicológicas. Eu estava bastante fragilizada. E foi aí que iniciei uma nova e feliz etapa da vida, graças ao acolhimento que recebi de todas as voluntárias, funcionárias e outras pacientes.

Continua depois da publicidade

Entendi que não estava sozinha, me identifiquei com outras mulheres que como eu passavam ou haviam passado pela mesma situação e levavam uma vida normal dentro de suas possibilidades. Adquiri mais força para ser também uma vitoriosa.

Assim que me senti fortalecida decidi integrar nesse Batalhão Rosa para poder contribuir para o bem de outras mulheres. Após a superação, aos poucos também voltei às corridas e já conto com medalhas de maratonas que participo. Nada foi fácil, mas quero que minha trajetória seja um incentivo as pessoas que passam por um diagnóstico tão difícil”.

Nuki

“Eu já fui paciente da Rede Feminina porque foi Deus que quis assim. Hoje sou voluntária porque Deus me viu assim; retribuindo e espalhando amor e carinho para sempre com muita gratidão”.

Leonina Santos da Cruz

“Eu tenho 68 anos. Quando descobri que tinha um câncer, no começo fiquei sem chão, foi ali que eu fui acolhida pela Rede Feminina. Fiz a cirurgia no dia 9 de janeiro de 1999, já faz 24 anos. A Rede Feminina me acolheu com carinho, e estou até hoje lá. É uma segunda família para mim. Muito obrigada”.

Continua depois da publicidade

Vanda Aparecida Pinheiro

“Descobri o câncer de mama em setembro de 2021, foi muito difícil aceitar no momento, mas com fé fui a luta. Em 2022 passei por todos os exames e biópsia, em junho de 2022 passei pela cirurgia na mama. Em julho, tive que fazer outra cirurgia para retirada dos linfonodos. No mês de outubro, fiz 19 sessões de radioterapia.

Em 2023, reclamando com dor no braço com uma amiga, ela me disse por que eu não iria na Rede Feminina fazer a luva para passar a dor.

Assim fiz, estou na Rede Feminina há 1 ano, é muito bom. Faço luva, dança e ginástica na Rede Feminina, e com tudo isso até minha autoestima melhorou, passei a ver a dança de outra forma, pois na Rede, além de dar oportunidade de participar de várias atividades, nos dá força para luta e nos acolhe muito bem”.

Sonia Maria Gandin Correa

“Eu tive câncer maligno em 2015, nas duas mamas, fiz retirada das duas mamas. Eu fiz radioterapia e quimioterapia, tratamento com injeção bastante tempo. Em 2017 tive um tumor no fígado e no pulmão, e sempre tomando remédio para o câncer. O médico falou que eu tenho que fazer acompanhamento e tomar remédio para o resto da vida. E agora, tenho metástase”.

Continua depois da publicidade

Maria Aparecida Sella

“Com 38 anos fui diagnosticada com câncer de mama, foi uma surpresa para todos, mas com o apoio do meu marido e das minhas filhas consegui passar pela radioterapia e quimioterapia, onde conheci a Rede Feminina que também me ajudou muito nessa minha trajetória, sou muito grata pelo trabalho e apoio prestado para nós mulheres”.

Leia também

Alunas dão exemplo de solidariedade e doam cabelo para pacientes com câncer em Blumenau

Outubro Rosa: SC é o Estado com maior incidência de câncer de mama no Brasil