O museu londrino Victoria & Albert presta uma homenagem ao estilo clássico e elegante de Grace Kelly (1929-1982) com uma exposição dos vestidos mais espetaculares que usou como estrela de Hollywood e, depois, como princesa de Mônaco.
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A exposição Grace Kelly: Style Icon (“Grace Kelly: ícone de estilo”) começa neste sábado e ficará aberta ao público até 26 de setembro. Nela, será possível ver criações de alguns dos estilistas prediletos da princesa como Christian Dior, Balenciaga, Givenchy e Yves Saint Laurent.
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No entanto, a exposição começa com três elegantes vestidos de Helen Rose, figurinista da Metro Goldwyn Mayer, para o personagem de Grace Kelly no filme Alta Sociedade (1956), o último antes de se casar com o príncipe Rainier de Mônaco. A amizade entre ambas levou Grace a escolher Helen para criar o vestido de noiva que usou em seu casamento com Rainier, em 19 de abril de 1956.
Helen Rose também foi a responsável pelo vestido bege que a atriz vestiu em O Cisne (1955), no qual curiosamente interpretava uma princesa forçada a se casar com alguém de sangue azul. Uma imagem da atriz com esse vestido foi escolhida pela revista francesa “Point de Vue” para a capa da edição em que anunciou o compromisso de Grace Kelly com o príncipe de Mônaco.
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Também não poderia faltar o vestido preto de Grace em Janela Indiscreta (1954), clássico de Alfred Hitchcock, assinado pela figurinista da Paramount, Edith Head, que também criou o vestido de cetim verde com o qual a atriz recebeu seu Oscar de Melhor Atriz em 1954 por Amar é Sofrer, com apenas 25 anos.
Em sua relativamente curta carreira como atriz nos anos 50, Grace Kelly se tornou a melhor embaixadora do estilo clássico americano do qual Jacqueline Kennedy viria a ser a máxima representante nos anos 60. Na seção dedicada a seu papel como membro da realeza monegasca, se destaca o vestido de seda com adornos dourados de manga longa da grife nova-iorquina Branell que usou no dia do anúncio de seu compromisso com Rainier.
O público também poderá ver a tiara e o conjunto de joias da casa Van Cleef and Arples, a favorita de Grace Kelly, que Rainier encomendou em sua loja da Quinta Avenida de Nova York para pedir a então atriz em casamento. Vários vestidos que usou em atos oficiais como princesa e que estão na exposição merecem especial atenção.
O primeiro deles é o da Givenchy, de lã verde esmeralda, usado em uma visita oficial à Casa Branca em 1961, onde foram recebidos pelo presidente John Kennedy e sua esposa, Jaqueline. Espetacular também é o vestido em tons roxos de Yves Saint Laurent que a princesa usou em um evento beneficente na Royal Opera House de Londres, no qual encontrou com a então futura princesa Diana, quando esta ainda era noiva do príncipe Charles.
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Os acessórios foram os melhores aliados de Grace na composição de seu estilo. Por isso, a exposição não esquece de sua fraqueza pelos grandes óculos de sol, chapéus e luvas brancas. Mas se há um acessório que não poderia faltar, esse é a mítica bolsa de Hermès que leva seu nome, a Kelly Bag. O produto virou moda nos anos 50 e 60 depois de a princesa ter sido flagrada em várias ocasiões com ele.
Apesar de estar no mercado desde os anos 30, foi a partir desse momento que a bolsa se tornou um dos ícones da casa. Desde então, seu preço e a lista de espera para sua compra não pararam de aumentar. Apesar de sua morte prematura, em um acidente de carro na mesma estrada de Mônaco em que ela e Cary Grant fazem um piquenique no filme Ladrão de Casaca (1955), o estilo de Grace Kelly é referência até os dias de hoje.
A mostra segue até 26 de setembro. Se você não tem planos de ir a Londres até lá, aproveite o passeio no site do museu (www.vam.ac.uk).