O azul do céu e do mar, as cores vivas que estampam as faces, as cenas que contam histórias. Um convite para sentir-se no paraíso é feito pelo fotógrafo blumenauense Carlos Augusto Waldrich, conhecido como Kako Waldrich, que expõe cerca de 40 fotos das 32 mil tiradas nas Ilhas Maldivas, ao sul da Índia. A abertura da exposição será terça-feira, às 20h15min, no Espaço Cultural Gioconda, no Campus I do Grupo Uniasselvi/Fameblu.
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Uma ilha artificial com ondas quebrando em três dimensões será instalada no local. Os visitantes poderão entrar nas ondas onde estarão expostas as fotos, ao som de barulhos do mar e com iluminações interativas. Uma canoa e outros adereços ainda darão mais vida à exposição Um Olhar Sobre o Paraíso, que estará aberta ao público até 29 de junho.
Kako Waldrich fotografou as cenas durante viagem às Ilhas Maldivas, entre setembro e outubro de 2010. Ele visitou 640 das 1.192 ilhas, localizadas ao sudoeste do Sri Lanka e sul da Índia. As imagens mostram lugares exóticos e a diversidade cultural. O fotógrafo afirma que o objetivo da exposição é proporcionar à comunidade a afinidade com as Maldivas, que podem desaparecer devido ao aquecimento global:
– A sensação será de harmonia e paz com a natureza. Numa exposição, não basta ver a fotografia. O visitante precisa sentir o local, como se estivesse lá.
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Paixão de família
Natural de Blumenau, ainda na infância Kako começou a tirar suas primeiras fotografias. Hoje, aos 37 anos, ele guarda com carinho a primeira câmera fotográfica, uma Ikonta 110 alemã, que ganhou aos seis anos do avô Antonio Waldrich. Aos nove, começou a acompanhar o pai, Carlos Isidro Waldrich, em fotos de casamentos e outras festas na região.
A paixão por fotos faz parte da família, que abriu o Cine Foto Carlos há 45 anos em Blumenau. A herança artística e fotográfica se confirma com a atuação de sete integrantes da família na área. Kako afirma que o sonho ainda é montar um museu fotográfico na cidade. O pai dele conta com um acervo de cerca de 60 câmeras, da época de 1910 a 1965.
Kako brinca que aprendeu a fotografar gastando cerca de 10 mil rolos de filme. Ao mesmo tempo em que fotografava, conciliava o futebol de salão e o surfe. O gosto e a dedicação ao surfe renderam destaques em campeonatos e algumas premiações em viagens. Assim, a foto foi se tornando aliada do esporte e das viagens. Além disso, hoje, Kako ainda faz catálogos de moda, books, documentários e outras produções.
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– Todos dizem que tenho um olhar diferente. Nunca consegui entender. Acredito que seja o ângulo do coração. O que faço é com muito amor – conta Kako entre tímidos sorrisos.