As exportações de Santa Catarina tiveram uma leve alta em novembro na comparação com o mesmo período de 2016. No mês passado, o desempenho dos embarques para o exterior fechou com variação de 1,1%, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) compilados pelo Observatório da Indústria Catarinense, da Fiesc, e divulgados nesta quarta-feira. O resultado foi o melhor para o período em quatro anos.
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Apesar da desaceleração, no acumulado dos 11 meses do ano os embarques para o exterior somam US$ 7,8 bilhões, crescimento de 13,29% na comparação com 2016. Na comparação com outubro, no entanto, houve queda de 13,5%.
Entre os principais produtos da pauta exportadora catarinense, o principal destaque negativo foi a venda de carne suína, que caiu 36,7% ante novembro de 2016. Por outro lado, a carne de frango teve alta de 17%. Também tiveram bons resultados o setor de partes de motores, com crescimento de 16,3%, motores elétricos (21,8%) e soja (6,4%).
Para o secretário-adjunto da Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, a queda no embarque de suínos não pode ser analisada isoladamente, já que o resultado do ano ainda é positivo. Entre os principais destinos das mercadorias do Estado, houve alta nas vendas para a Rússia e China em volume embarcado. Outros países, como Angola e Uruguai, também tiveram crescimento.
– O agronegócio catarinense tem puxado o bom desempenho das exportações no Estado e representa 61% dos embarques para o exterior. E a tendência para as vendas de suínos é positiva, com abertura do mercado nas Filipinas – afirmou Spies.
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O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Lorenzi, avalia o resultado como um reflexo da estabilização da demanda no mercado internacional de carnes. No Brasil, as exportações de suínos totalizaram 45,8 mil toneladas, resultado 21,4% inferior ao registrado no mesmo período do ano passsado. Em receita, houve retração de 27,6%, com US$ 110,7 milhões.
Por outro lado, assim como em Santa Catarina, que teve crescimento de 17% nos embarques de novembro, as vendas de aves para o exterior tiveram alta de no mês passado. Ao todo, os embarques de novembro geraram saldo de US$ 558,5 milhões, contra
US$ 528,2 milhões em novembro de 2016. A agroindústria catarinense faturou mais com as vendas para o Japão, que representou 17% do volume comercializado.
Importação cresceu 21,7% em novembro
Em relação à importação, os negócios de Santa Catarina tiveram um crescimento significativo de 21,7% em novembro na comparação com 2016, ultrapassando a barreira do US$ 1 bilhão.
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O volume dá ao Estado a segunda posição entre as unidades da federação em compras no exterior, atrás apenas de São Paulo. Na mesma tendência, as importações do Brasil no período cresceram 14,7%. No acumulado do ano, o crescimento das importações catarinenses é na ordem de 22,3%, alcançando US$ 11,620 bilhões.
Entre os principais parceiros comerciais de Santa Catarina em novembro, destaque para a África e Pacífico-Sul: Benin comprou carnes e miudezas de frango, Costa do Marfim ampliou as importações de motores e geradores elétricos e Fiji investiu em bombas para líquidos. Além destes, em comparação a novembro de 2016, foram assinados acordos comerciais com novos países, como a Líbia, com a venda de carne de aves, a Croácia, com tabaco não manufaturado, e a Moldávia, com carne suína.
Considerando o volume de exportações no mês, os destaques são: Estados Unidos (com recuo de 21%), apoiado em partes de motor, China (que avançou 98%), que incrementou as compras de soja, e Argentina (alta de 39% no mês), associado a papel kraft.
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