Os embarques catarinenses ao exterior seguiram em julho o ritmo de crescimento que vêm apresentando ao longo de todo o ano. As exportações somaram US$ 740,7 milhões, o maior valor para o período nos últimos três anos e 12,5% superior ao resultado para o mesmo mês em 2016. No entanto, ainda está abaixo do nível pré-recessão. No acumulado dos sete primeiros meses de 2017, o crescimento foi de 15,2%. Nacionalmente, as vendas ao exterior em julho cresceram 14,9% em relação a 2016, alcançando S$ 18,769 bilhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
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Entre os principais produtos da pauta catarinense, o destaque foi da carne de aves, enviada principalmente para o Japão, com incremento de 31,8% no mês em paralelo com o mesmo período do ano passado. A carne suína, cujo principal comprador é a Rússia – destino de 52% do volume embarcado – avançou apenas 2,1%. Já a soja, que se destina quase que totalmente aos chineses (93%) e vinha apresentando crescimento, desta vez encolheu 27,7%. Juntos, esses três produtos respondem por um terço de todo o valor exportado pelo Estado.
Importações de vestuário voltam a crescer
As compras do Estado em julho aumentaram 27,6% em relação ao mesmo mês no ano passado, e 3% ante junho. No ano, a alta é de 23,4%. O avanço no país, em julho, foi de 6,1% frente ao mesmo período em 2016. Entre os produtos que registraram maior incremento em valor comprado estão o ferro laminado (343%) e itens de vestuário (211%), ambos oriundos da China.
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O vestuário, aliás, tem registrado crescimento de importações ao longo de todo o ano, motivado pela queda do dólar em relação ao ano passado. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau (Sintex), Ulrich Kuhn, o cenário é preocupante, já que as confecções pequenas e médias catarinenses saem perdendo ao concorrer com itens prontos vindos da China.
No entanto, o quadro ainda está muito distante do observado em anos anteriores. Nos primeiros seis meses do ano passado, segundo o Sintex, o Estado importou US$ 335 milhões em vestuário e malhas, e neste ano, US$ 377 milhões. Já em 2015 as importações desses produtos alcançaram US$ 640 milhões.
Considerando a participação na pauta de importações, os maiores incrementos foram de compras de polímeros de etileno, com alta de 35,4% em relação a julho de 2016, vindo principalmente da Argentina, e de cobre refinado, com avanço de 9,2%, sendo que mais de 90% é comprado do Chile.
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