As exportações de suínos de Santa Catarina no mês de setembro somaram US$ 72,3 milhões, o que representa um valor 32,8% superior aos US$ 54,4 milhões de setembro do ano passado. Isso que o volume, de 33 mil toneladas, foi só 0,5% superior às 32,8 mil toneladas de setembro do ano passado, segundo dados são do Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socieconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Epagri.
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De acordo com o analista Alexandre Giehl, o aumento no faturamento é fruto de um crescimento significativo no valor médio da tonelada de carne suína in natura, que passou de US$ 1.752,66 em setembro de 2018, para US$ 2.272,03 em setembro deste ano, com alta de 29,6%. Ele explicou que isso é um dos efeitos da redução dos rebanhos na Ásia, causado pela Peste Suína Africana.
Em relação ao mês de agosto também houve crescimento, de 15,7% em valor e 12,7% em quantidade embarcada.
– A melhoria foi puxada pela China, com um incremento de 39,7% em valor e 30,5% em quantidade em setembro, na comparação com agosto. O Japão também apresentou desempenho significativo no período (60,5% em valor e 75,7% em quantidade), embora com volumes bem menores que os chineses. O mesmo vale para o Vietnã, que vem expandindo suas aquisições. Vale lembrar que tanto China quanto Vietnã enfrentam severos surtos de Peste Suína Africana – disse Giehl.
Quem diminuiu as compras em 34%, foi a Argentina, reflexo da crise econômica do país vizinho.
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No acumulado do ano foram enviadas 299 mil toneladas ao exterior por Santa Catarina, num crescimento de 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento chegou a US$ 602 milhões, com aumento de 28,6% em relação aos primeiros nove meses de 2018.
China e Hong Kong representam 56,3% deste total. E a participação de Santa Catarina nos volumes exportados pelo Brasil é de 57%.
No caso do frango o cenário já foi melhor. No acumulado do ano os números são positivos mas nos últimos meses houve queda.
Em setembro foram embarcadas 84 mil toneladas pelos portos catarinenses, com aumento de 1,3% em relação ao mês anterior mas queda de 27,6% em relação a setembro de 2018. O faturamento de US$ 148 milhões é 2,1% menor do que o mês passado e 23,4% inferior ao mesmo mês do ano passado.
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Segundo o economista Alexandre Giehl essa redução é motivada pelos bons números do segundo semestre do ano passado, mas também pela redução de compra de alguns mercados.
– O segundo semestre do ano passado registrou altas significativas nas exportações de carne de frango. Então, qualquer comparação com aquele período tende a resultar em resultados negativos. Os montantes dos últimos dois meses (agosto e setembro) estão dentro das médias mensais de 2016 e 2017, por exemplo. Contudo, em setembro também se verificam quedas para alguns importantes destinos, na comparação com agosto, como é o caso da União Europeia. O México, que vinha recuperando os embarques, também apresentou queda em setembro, o que prejudicou o resultado final do mês- avaliou.
Mesmo assim o acumulado de janeiro a setembro, de 993 mil toneladas e US$ 1,7 bilhão é 13,7% superior em quantidade e 18,4% em valor.