Santa Catarina exportou US$ 57 milhões de carne suína em março, o que representa um crescimento de 13,37% em relação aos US$ 51 milhões do mesmo período do ano passado. Em quantidade foram 29 mil toneladas, num crescimento ainda maior, de 16,19%, contra as 25 mil toneladas de março de 2018.

Continua depois da publicidade

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Centro de Socieconomia e Planejamento Agrícola da Epagri. De acordo com o analista do setor no Cepa/Eagri, Alexandre Luís Giehl, esse crescimento foi puxado pelo aumento dos embarques para a China.

– Houve aumento nos embarques para os principais importadores. Dos 10 principais somente Geórgia e Argentina tiveram queda, sendo a Geórgia somente em valor e não em volume. Os embarques para a China cresceram 21,07% em valor e 23,61% em quantidade. Os chineses responderam por mais de 40% da carne suína exportada por Santa Catarina no mês passado – informou Giehl.

O país mais populoso do mundo comprou 11,9 mil toneladas de carne de porco somente em março, no valor de US$ 23,8 milhões. Hong Kong, que é uma região administrativa especial dentro da China, foi o segundo maior comprador, com US$ 7,7 milhões e 4,7 mil toneladas. Os dois destinos representam mais da metade das compras de suínos de Santa Catarina.

Continua depois da publicidade

O principal motivo dessa crescente demanda é a ocorrência de mais de uma centena de focos de pestes suína africana, que pode causar uma queda de até 5% na produção chinesa em 2019, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O terceiro maior comprador é o Chile, com US$ 6,4 milhões e 3,4 mil toneladas com crescimento de 6% em valor e 21,91% em volume.

A Rússia, que já foi o maior comprador de Santa Catarina mas no ano passado havia suspendido as compras, já está entre os quatro principais destinos, com 1,8 mil toneladas e US$ 4,6 milhões.

Mas o destaque em crescimento nos dez principais mercados é do Japão, com 408 mil toneladas mas valor de R$ 1,4 milhão. Isso representa um crescimento superior a 200% em relação ao ano passado.

Continua depois da publicidade

O destaque negativo é a Argentina, com queda de 34% em valor, totalizando US$ 2,3 milhão. Em volume foram mil toneladas embarcadas, com queda de 25%. O motivo é a crise econômica que atinge o país vizinho.

Mas, no geral a tendência é de um bom ano para a suinocultura, segundo Giehl.

Santa Catarina representa 54% das vendas de carne suína do Brasil.