Depois de um início de ano fraco as exportações catarinenses de carne de suínos e de frangos mostrou recuperação em fevereiro, chegando a US$ 206,6 milhões, num crescimento de 30% em relação a fevereiro do ano passado. Os números foram divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Epagri. Três quartos disso é de frango, com US$ 154,2 milhões. Os suínos contribuíram com US$ 52,4 milhões.

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Em volume foram exportadas 861 mil toneladas de aves e 27,9 mil toneladas de porco.

O secretário de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Ricardo de Gouvêa, afirmou que o bom desempenho é reflexo do status sanitário diferenciado do estado.

– O bom resultado do agronegócio no mês de fevereiro traz um otimismo para o setor, que dá claros sinais de retomada no crescimento. Santa Catarina tem grandes diferenciais competitivos, principalmente o foco constante na sanidade dos seus rebanhos e o investimento na defesa agropecuária. Esses diferenciais se transformam em mercados, que geram mais renda e movimentam a economia do nosso estado – disse o secretário.

O aumento no frango foi puxado pela Europa, que teve um acréscimo de 90%, além de China, Holanda e Emirados Árabes, com aumento superior a 30%. O Japão, que é o maior comprador, teve um acréscimo de 27% em valor.

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No suíno destaque para Hong Kong, Cingapura, Uruguai e Angola, que tiveram crescimento superior a 100% em volumes, de acordo com o analista do Cepa/Epagri, Alexandre Giehl.

– Outro dado que merece destaque é o aumento impressionante de 1.415% nos embarques para os Estados Unidos. Vale lembrar que este é um dos mercados mais exigentes e rigorosos do mundo, principalmente quando se trata de proteína animal – disse o analista.

Santa Catarina é o único estado do Brasil a exportar suínos para os Estados Unidos, por ser reconhecido como área livre de aftosa sem vacinação, certificado que conquistou em 2007, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).