Tantas incertezas políticas e econômicas e o ritmo acelerado com que as novas tecnologias modificam o ambiente de negócios deixam as empresas sem saber o que esperar do amanhã. A Expogestão 2016 foi construída pensando em ser um suporte para este público corporativo que precisa estar atualizado sobre tendências, cenários e os últimos conhecimentos que norteiam a gestão das companhias.
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O evento não entrará no debate sobre a crise, nem abordará as investigações que, a cada dia, recheiam o noticiário nacional. Isto é o que garante Alonso José Torres, presidente da empresa organizadora do evento, a Ópera Eventos. Inicialmente, a organização até pensou em convidar o juiz Sergio Moro, mas a ideia foi demovida pelos próprios empresários nas tradicionais consultas prévias que servem de guia para definição do conteúdo a cada ano.
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Confira a seguir a análise de Torres sobre um dos principais eventos de gestão do Sul do País. No ano passado, 7 mil visitantes passaram pelo complexo da Expoville, em Joinville.
Crise fora da pauta
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– Quando pensamos em convidar o juiz Sergio Moro (da Operação Lava-jato) para o evento, os empresários disseram: “Calma! A Expogestão não precisa entrar nesses assuntos que estão em pauta. Não é o costume das pessoas irem à Expogestão para isso. A expectativa é o que vem amanhã”, ouvimos como resposta. Vamos abordar as boas práticas, como deixar a empresa redonda, falar de inovação, o que está acontecendo no Brasil e no mundo.
Presença internacional
– Teremos palestras internacionais, como a do economista e estrategista Tony Fratto. Ele trabalhou na Casa Branca (sede do governo dos Estados Unidos) e visitou mais de 80 países. Hoje, a reputação do brasileiro é muito ruim. Essa imagem de corrupção, de que as coisas não dão certo, afetam a marca e a reputação. Mas a reputação da empresa pode ficar descolada disso tudo se ela souber se comunicar. O próprio Tony é fã de várias empresas brasileiras. As grandes sabem se posicionar, mas e as médias empresas? A palestra dele é como se posicionar lá fora e ficar um pouco alheio à má reputação do País. Outra palestra internacional é a de um dos sócios globais da Bain & Company, Mark Gottfredson, representante de uma das três maiores consultorias do mundo. Ele vai falar das leis fundamentais do negócio para buscar mais resultado. Já o cofundador da Dafiti Malte Horeyseck vai contar como surgiu a grande empresa de e-commerce.
Palestra inaugural
– Para a abertura, temos o filósofo e economista Eduardo Giannetti da Fonseca. O novo livro dele sairá em junho e será o tema da palestra. Para ele, estamos passando por uma crise civilizatória, passaremos por situações complexas, mas ele tem uma visão positiva para o futuro. Ele também vai levantar questões como o que queremos ser como nação. A China, por exemplo, tem planejamento até 2030. Qual é a vocação do Brasil?
Futuro e inovação
– Estamos passando pela quarta revolução, com a confluência de telecomunicação, máquina conversando com máquina, computação em nuvem e algoritimos. Quatro painelistas vão falar disso. E também haverá um outro painel sobre inovação, tema que desafia constantemente as empresas. O modelo das startups tem muito a ensinar, pela velocidade com que lança seus produtos. Empresas grandes podem separar capital para investir em novos negócios.
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Autógrafos
– Dois convidados vão dar autógrafos aos participantes do evento. Ao terminar a palestra, o economista Eduardo Gianetti vai estar no estande do Hospital Dona Helena, que completa 100 anos, e o negociador Diógenes Lucca, outro palestrante, no estande da empresa Orbenk, que faz 30 anos.
O evento
– Foi difícil viabilizar patrocínio, pessoas na área de exposição e número de executivos, pois as empresas reduziram o investimento em educação para o executivo. Isso exigiu novas abordagens, redesenho do projeto e renegociação no pacote corporativo, pois não queremos perder este público fiel. O ambiente da feira, por exemplo, agora está mais focado em relacionamento. No modelo antigo, as empresas não teriam orçamento para participar. Agora é conceito de lounge. Ano passado, todos que trabalham com mídia já sentiam o impacto, mas desta vez sentimos na área de educação do executivo. A Expogestão custa para o profissional metade do valor que ele pagaria em uma pós-graduação. Como é mais acessível que qualquer outro programa executivo e é multidisciplinar, isto ajudou as empresas a continuarem participando.
Melhorias
– Melhoramos a cenografia e o espaço de circulação das pessoas. Pedimos para a Expoville fazer melhoria no sistema de ar condicionado também. E no ambiente utilizado para a feira no ano passado, a Expoville vai montar um restaurante. Haverá almoço executivo na quarta, na quinta e na sexta-feira. No ambiente do complexo também haverá lanchonete e, no parque, outras opções de refeição. Os visitantes não vão precisar sair do local do evento.