*Lucas Gnigler, especial para o Diário Catarinense
Fiquei tentando entender a Expo Dubai durante todo o primeiro dia. Contextualizando: são 192 países, cada um com o seu pavilhão. Cada país abordando um ponto relacionado com algum atual desafio que vai impactar de alguma forma o nosso futuro. Mas essa definição pode ser superficial — tem algo acontecendo aqui em Dubai que exige esforço e tempo para colocar em palavras.
Continua depois da publicidade
> Receba notícias do NSC Total no WhatsApp
Continuei pensando na feira na volta do primeiro dia, em pé no metrô, e depois em um bar de hotel da área financeira de Dubai (em geral só os hotéis tem autorização para vender cerveja), e depois até pegar no sono. Mas acordei com uma ideia para o segundo dia.
Eu sabia que encontraria amigos brasileiros na Expo. E a ideia, simples, foi a seguinte: explorar neles o que estavam pensando. Resumindo, senti em todos (meia dúzia) uma inquietação semelhante à minha. E das respostas que eu tive, comecei a construir algumas narrativas próprias, em busca de alguns significados.
Continua depois da publicidade
A Expo não tem palestras. Você escolhe o que quer ver. Mas não é apenas ver: os países e as marcas participantes invariavelmente promovem e provocam interações. São essas interações — com culturas, tecnologias e pessoas diferentes — que vão moldar a sua percepção. Ou seja, a Expo é o que você conseguir construir a partir das suas interações.
Esse último insight eu construí após conversar durante uma hora com a Maria Paula Oliveira, brasileira há 3 anos em Dubai, Chief Innovation Officer da Ernst & Young na região do Oriente Médio e Norte da África.
E pensando bem, essa é a gênese de toda inovação: ainda não existem palavras para descrever as coisas mais importantes que queremos e precisamos fazer. Se existem, estão por aí, mundo afora, esperando para ser encontradas.
*Lucas Gnigler é sócio da 8R Negócios.