Toda a equipe da divisão de roubos e antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Florianópolis está mobilizada para identificar e chegar aos assaltantes do ataque a um carro-forte da Brink’s Segurança e Transporte de Valores na BR-280, em Araquari, na manhã desta sexta-feira.

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O delegado Anselmo Cruz, titular da divisão, esteve no local do roubo com os policiais civis. O policial disse ao Diário Catarinense que os bandidos não conseguiram roubar o dinheiro do blindado porque os explosivos falharam e que eles ainda tentaram abrir o cofre com ferramentas, mas sem sucesso. A suspeita inicial da Deic é que a quadrilha seja formada por criminosos do Paraná ou Rio Grande do Sul.

Anselmo leva em consideração a técnica utilizada para interceptar o carro-forte, de jogar um caminhão na frente do veículo em movimento, ação que não costuma ser usual de bandidos catarinenses. Abaixo as principais partes da entrevista dada por telefone no início da noite:

Entrevista: Anselmo Cruz, delegado da Deic:

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Por que os criminosos não conseguiram levar o dinheiro do carro-forte?

Houve falha dos explosivos, que não acionaram. Eles ainda tentaram abrir o cofre com ferramentas, mas não conseguiram. Saíram sem levar nenhuma quantia em dinheiro.

Alguma suspeita sobre de onde seja a quadrilha?

Pelo modus-operandi suspeita-se de início que não seja quadrilha de Santa Catarina e sim, pelos casos passados e a forma de agir, que sejam do Rio Grande do Sul ou Paraná.

A Deic esteve no local. Houve informações que ajudarão na investigação?

A ida ao local é fundamental, é como um quebra-cabeça que começamos a encaixar as peças. Não adianta sair na correria atrás, não é nossa função.

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Um dos carros usados pelos ladrões tinha placas de Cascavel, no Paraná.

Ainda estamos levantando todas essas informações.

O lançamento de um caminhão para interceptar o carro-forte já foi tática muito utilizada por quadrilhas no passado…

Principalmente no Rio Grande do Sul, no Paraná também já aconteceu outra assim. Em Santa Catarina não é comum esse tipo de interceptação ao carro-forte em movimento. O último ataque assim aconteceu há quatro anos na Serra Dona Francisca (Joinville). Dois autores já foram presos.

Quantos assaltantes participaram do ataque nesta sexta-feira?

Os vigilantes relataram que três assaltantes apareceram, mas com certeza estavam em mais gente. Foi um assalto com essa violência toda, jogaram o caminhão de frente no carro-forte em movimento, fortemente armados.

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Houve tiroteio. Quem chegou primeiro entre os policiais?

Houve tiroteio com um policial rodoviário federal que chegou sozinho primeiro numa viatura e usou uma pistola.

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