Ao menos 30 pessoas morreram e cerca de 150 ficaram feridas em uma explosão dentro de uma mesquita localizada no quartel-general da polícia na cidade de Peshawar, noroeste do Paquistão. Uma grande operação de resgate teve início, com bombeiros e vários equipamentos para a retirada dos escombros.
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A explosão aconteceu durante a oração da tarde na cidade de Peshawar, próxima da fronteira com o Afeganistão. Parte do teto da mesquita e as paredes foram destruídas. Várias pessoas deixaram o templo ensanguentadas.
— Estamos tentando obter mais informações, mas a explosão aconteceu no momento da oração — confirmou à AFP Muhammad Ijaz Khan, chefe de polícia de Peshawar.
O quartel-general da polícia de Peshawar é uma das áreas mais seguras da cidade e também abriga as sedes de diversas agências de inteligência. De acordo com a polícia, a explosão aconteceu na segunda fila de fiéis que estavam rezando.
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Equipes de retirada de minas foram enviadas ao local devido ao temor de que a ação tenha sido um atentado suicida.
Atentados no Paquistão
Em março de 2022, um ataque suicida contra uma mesquita da minoria xiita em Peshawar reivindicado pelo EI-K, braço local do grupo extremista Estado Islâmico, deixou 64 mortos. O atentado foi o mais grave registrado no Paquistão desde 2018.
Peshawar, a 50 quilômetros da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados praticamente diários na primeira metade da década de 2010, mas a segurança melhorou nos últimos anos. Porém, nos últimos meses, a cidade registrou muitos ataques, vários deles contra as forças de segurança.
O agravamento da situação de segurança do país, ocorre desde que os talibãs retornaram ao poder no Afeganistão em agosto de 2021. Após vários anos de relativa calma, o braço paquistanês dos talibãs, Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), o EI-K e grupos separatistas baluches voltaram a executar atentados.
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O Paquistão critica o Talibã por permitir que estes grupos utilizem seu território para planejar os ataques, algo que as autoridades de Cabul negam.
O Talibã do Paquistão é um movimento separado do que existe no Afeganistão, mas os grupos têm raízes comuns. O grupo reivindicou vários ataques no último ano, mas uma das maiores atrocidades cometidas pelos talibãs paquistaneses, que marcou a opinião pública do país, foi o massacre de 150 pessoas em uma escola de Peshawar em dezembro de 2014.