Nove pessoas morreram na quinta-feira passada na gigantesca explosão de uma usina de gás no sudeste da Nigéria, que deixou, ainda, três pessoas em estado grave, anunciaram neste domingo os serviços de socorro.
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O balanço é inferior ao anunciado na própria quinta pelo presidente Muhammadu Buhari, que disse que a deflagração tinha provocado “dezenas de mortos”, e se aproxima do primeiro balanço de oito mortos, anunciado pela polícia.
A explosão ocorreu às 13h00 locais (10h00 de Brasília) de quinta-feira em Nnewi, em uma usina da Inter Corp Oil Limited gas, filial do conglomerado Chicason Group, e provocou um incêndio que durou quatro horas e destruiu edifícios vizinhos.
As chamas destruíram vários depósitos de gás, bem como automóveis e bicicletas estacionados perto da planta.
“As causas [da explosão] ainda estão por determinar. Várias pessoas perderam a vida. Algumas sofreram queimaduras de diferentes graus”, declarou o governador do estado de Anambra, Willy Obiano, à emissora Channels Television.
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Alimentado pelo gás, o incêndio se espalhou instantaneamente, informou à AFP James Eze, porta-voz da agência nacional de situações de emergência.
“Todas as instalações situadas em uma área de 300 metros se incendiaram e casas localizadas a 400 metros foram atingidas” pelas chamas, acrescentou.
Segundo fontes locais, a explosão ocorreu depois que um caminhão descarregou vários botijões de gás para clientes antes das festas de Natal.
O Chicason Group, sediado em Lagos, é um conglomerado empresarial nigeriano com múltiplas atividades: construção, fabricação de objetos de plástico, produtos alimentícios e também petróleo e gás, etc.
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A cidade de Nnewi é famosa por ser um centro de comércio de peças de reposição para automóveis.
A Nigéria é o primeiro produtor de petróleo da África e o ‘ouro negro’ é sua principal fonte de renda.
Nos últimos dez anos, centenas de pessoas morreram em explosões similares na Nigéria, a principal economia da África.
O país perde o equivalente a 300.000 barris de petróleo por dia para bandos que roubam o óleo dos oleodutos, segundo a empresa petrolífera nacional.
* AFP