Duas fortes explosões sacudiram, nesta terça-feira (4), a região portuária da capital libanesa, Beirute, fazendo dezenas de feridos, segundo uma fonte da segurança e correspondentes da AFP no local. As primeiras informações oficiais falam em, ao menos, 27 mortos e 2.500 feridos.
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As explosões, que ocorreram na área portuária e cuja origem ainda não foi determinada, foram ouvidas em vários bairros da cidade. Janelas de muitos prédios e vitrines de lojas quebraram nos arredores. Nuvens de fumaça laranja podiam ser vistas no céu da capital.
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A área portuária foi isolada pelas forças de segurança, que só permitem a passagem de agentes da defesa civil, o balé de ambulâncias com suas sirenes e caminhões de bombeiros. Os jornalistas foram proibidos de acessar a zona, segundo um correspondente da AFP.
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Nas proximidades do distrito portuário, os danos e a destruição são enormes. A mídia local transmitiu imagens de pessoas presas em escombros, algumas cobertas de sangue.
Segundo informações preliminares da imprensa local, as explosões resultaram de um incidente no porto de Beirute. Mas as circunstâncias e os detalhes do incidente permanecem desconhecidos.
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“Os prédios estão tremendo”, tuitou um morador da cidade, dizendo que “todas as janelas do (seu) apartamento explodiram”. Segundo um outro, a explosão foi ouvida por quilômetros.
De acordo com os correspondentes da AFP, muitos residentes feridos andam nas ruas em direção a hospitais. No bairro de Achrafieh, os feridos correm para o Hôtel Dieu.
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Em frente ao centro médico de Clémenceau, dezenas de feridos, incluindo crianças, às vezes cobertas de sangue, esperavam para serem admitidos, segundo um correspondente da AFP.
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Quase todas as vitrines das lojas dos bairros de Hamra, Badaro e Hazmieh estavam quebradas, assim como os vidros dos carros. Carros foram abandonados nas ruas com os airbags inflados.
Vídeos nas redes sociais mostram uma grande nuvem de fumaça na capital e imagens de prédios destruídos.
> Clique aqui e veja fotos da cidade de Beirute após as explosões
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atribuiu a infiltração ao Hezbollah, um movimento armado pró-iraniano muito influente no sul do Líbano e que o Estado judeu considera como seu inimigo. Acusado de “brincar com fogo”, o Hezbollah negou qualquer envolvimento.