O técnico é dinamarquês. Seis jogadoras atuam juntas no Hypo Nö, clube austríaco com o qual a confederação mantém um convênio para dar conjunto e experiência europeia a atletas selecionáveis. Mais um detalhe: o técnico do clube austríaco, Morten Soubak, é o mesmo da Seleção. De olho em medalha nos jogos olímpicos de 2016, o projeto fez história neste domingo, em Belgrado, na Sérvia. O time brasileiro venceu por 22 a 20 as donas da casa e se tornou, pela primeira vez, campeão mundial de handebol feminino.
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Confira imagens da conquista:
A campanha foi perfeita, com nove vitórias em nove partidas disputadas. Mesmo quando enfrentou equipes de muito mais tradição no esporte, como as próprias sérvias, as dinamarquesas – ambas derrotadas duas vezes -, ou as húngaras, as jogadoras brasileiras passaram por cima. A armadora Duda foi a craque da competição, e a goleira Babi entrou na seleção do torneio. Na final, no entanto, o destaque foi Alexandra Nascimento, melhor jogadora do mundo em 2012, que marcou seis gols.
Diante de 20 mil sérvios na Arena Belgrado, O Brasil conseguiu uma vantagem importante de 16 a 11 no segundo tempo, mas as donas da casa não abaixaram os braços e conseguiram buscar um empate em 19 a 19, a poucos minutos do apito final. A pivô sérvia Dragana Cvijic se mostrou quase imparável durante a partida, com cinco gols. As brasileiras, porém, mais uma vez deram mostra de grande maturidade ao manter a cabeça fria e não se desesperarem. Dani fez 20 a 19, Déborah Nunes colocou o Brasil novamente à frente, 21 a 20, e Ana Paula fechou o placar com o 22 a 20.
O melhor resultado em um Mundial havia sido em São Paulo, em 2011, quando a Seleção obteve o quinto lugar. No ano seguinte, nos Jogos Olímpicos de Londres, chegou em sexto. Na decisão do terceiro lugar, a Dinamarca derrotou a Polônia por 30 a 26 e garantiu a medalha de bronze.
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Para manter o Brasil no topo até os Jogos Olímpicos de 2016, a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) tem um projeto ambicioso. A entidade terá à disposição R$ 9,4 milhões de verba pública para preparar as equipes masculina e feminina: são R$ 3 milhões do Ministério do Esporte, R$ 4,4 milhões do Banco do Brasil e R$ 2 milhões dos Correios.