“ O próximo Natal, ao contrário do que pregam os pessimistas, deve ser o melhor em vendas desde 2005. A principal razão para a manutenção das baixas expectativas nos últimos dois meses está na possibilidade de reaceleração dos preços no varejo nos três últimos meses do ano, hipótese reforçada após a divulgação da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) referente a outubro. Além disso, o encarecimento do crédito ao consumidor e a evolução mais moderada do mercado de trabalho no início do quarto trimestre reforçam a previsão de um Natal com crescimento mais modesto em 2014.
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Embora o crescimento das vendas do varejo tenha se mantido em relação à avaliação anterior, alguns ramos tiveram suas expectativas revisadas para baixo – foi o caso de móveis e eletrodomésticos (de +8,4% em novembro para +7,5% na previsão atual), vestuário e calçados (de +4,0% para +3,5%) e artigos de comunicação e informática (de +5,8% para +5,5%).
O setor no qual eu atuo, de móveis, é alavancado pela entrega de imóveis pelas construtoras no final do ano e pela chegada de novos moradores – ou veranistas – ao Estado de Santa Catarina. Por outro lado, as expectativas quanto ao volume de vendas de combustíveis e lubrificantes foram revisadas de +6,1% para +8,2%. Os demais segmentos do varejo não sofreram revisões superiores a 0,1%.
Em decorrência da manutenção de previsão de crescimento das vendas, a expectativa de contratação de trabalhadores temporários se manteve praticamente inalterada em relação à estimativa anterior, ou seja, 124,3 mil vagas devem ser abertas para suprir o aumento sazonal de demanda no varejo – um aumento de 2,8% em relação ao Natal passado. “
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