A suspensão das aulas para uma turma do Núcleo de Educação Infantil (Neim) Joaquina Maria Peres, no bairro do Itacorubi, em Florianópolis, após um caso suspeito de covid, na última quarta-feira (6) está causando polêmica. Mesmo com resultado negativo obtido em testes de farmácia, os pais não conseguiram que os alunos voltassem a ser atendidos na escola.
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Segundo a diretora da unidade, Juliana Francisco de Medeiros, as aulas foram paralisadas em atenção às medidas sanitárias para evitar a disseminação do vírus.
– Estou seguindo protocolos da Vigilância Epidemiológica, tenho que suspender o grupo – explicou Juliana.
Com teste de farmácia, alguns pais verificaram que as crianças não haviam sido infectadas, mas a escola informou que a testagem deve seguir o padrão adotado pelas autoridades sanitárias.
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– Não sou eu que suspendo ou libero, a vigilância epidemiológica é que faz este controle. Só podemos retomar as aulas com autorização do órgão competente – explicou a diretora Juliana.
Dificuldades
Uma mãe de aluno que conversou com a CBN Diário, mas não quis ser identificada, relatou que o cancelamento de aulas tem sido frequentes, o que dificulta a vida das famílias, já que muitas não têm condições de pagar babá.
– Eu trago meu filho (de 3 anos) para o trabalho. (…) A gente fica sabendo sempre em cima da hora, avisaram às 22h de quarta (6) que até segunda (11) não haverá aula. Então, os pais não tem como se organizar – relatou a mãe.
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De acordo com a diretora Juliana Francisco de Medeiros, além desta dificuldade com a suspeita de covid, a escola está com um professor a menos há alguns dias, depois que um dos profissionais da unidade precisou se afastar do trabalho para tratamento de saúde.
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– Estamos aguardando a realização de um concurso para professor temporário. Até temos conseguido atender esta turma ao menos três vezes por semana, com a reposição de horas de professores que participaram da última greve, mas ainda assim, temos esta dificuldade – explicou a diretora.
Por meio de nota, a secretaria municipal de saúde informou que toda da turma, da criança com sintomas de covid, passará por testagem, por isso o protocolo indica a suspensão de aulas.
“Os demais grupos da unidade estão com atividades presenciais. No entanto, momentaneamente, não podem ser atendidos de forma integral, pois alguns profissionais encontram-se em licença-médica. De acordo com a legislação, a substituição de profissionais, por parte do poder público, só pode ocorrer quando o afastamento for superior a 16 dias”, explicou a secretaria.
A reportagem questionou a prefeitura sobre a contratação de professor e o retorno às aulas, mas obteve retorno apenas sobre da assessoria sobre o protocolo para volta às aulas.
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“Tudo depende da avaliação epidemiológica. O protocolo é que se encontrar um caso suspeito, deve entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica. É importante salientar que, cada escola deve ter seu Plancon aprovado onde estas ações devem ser previstas. O teste indicado, depende dos dias de sintomas e do contato, novamente, tudo é indicado pela VE. O SUS fornece testes contra Covid-19, desde o começo da pandemia”.
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