O Exército informou nesta segunda-feira (21) que suspendeu a circulação de seus caminhões na região onde ocorreu acidente com três mortes, em Blumenau. O veículo da corporação despencou de uma ribanceira na Rua Belmiro Colzani, que dá acesso à região onde o Exército faz treinamentos, no bairro Progresso, na última semana.
Continua depois da publicidade
— Essa pista não será mais usada pelos caminhões. Não tem largura adequada, não transitaremos com viatura de cinco toneladas nessa pista. Especialmente com recrutas dentro — disse o general Márcio Luis Abreu Pereira, comandante da 14ª Brigada da Infantaria Motorizada, em entrevista coletiva.
Abreu revelou que a corporação já tinha a preocupação de ter uma rota mais segura e que a rua precisa de “atenção”. Por isso, a circulação de caminhões pesados foi temporariamente interrompida. O Exército cogita avaliar o trecho por Indaial. Se for melhor, pode ser adotado como itinerário para chegar ao centro de treinamento.
— Vamos verificar qual opção mais segura para que esse tipo de acidente não ocorra mais —.
Causa do acidente
Uma investigação está em andamento para verificar as causas do acidente: se há algum indício de crime ou se ocorreu deslizamento de terra. Após a conclusão do inquérito, que pode levar até dois meses, e das análises na via, o Exército decidirá se voltará a usá-la.
Continua depois da publicidade
— É leviano, prematuro definir uma causa neste momento — destacou o general.
A informação preliminar é de que a viatura teve que desviar de uma “protuberância”, acabou ficando muito próxima à beira da estrada e o terreno cedeu, provocando a queda do caminhão.
Para o comandante, a percepção da Brigada até o momento é que não havia nada que pudesse ter sido feito preventivamente para evitar a tragédia.
Armas desapareceram?
O vaivém de veículos no local ainda está sendo controlado por militares porque há objetos que ainda não foram encontrados na mata. O general não confirmou quantas armas e munições podem ter sumido até o momento, mas garantiu que as buscas continuam.
— Durante a sexta-feira nós recuperamos a maioria desse material. Ainda não recuperamos tudo, por isso que ainda temos o controle de tráfego. Se alguém furtou ou não, não temos essa informação — declarou.
Continua depois da publicidade
Para encontrar os itens, as equipes usam cordas, técnica de rapel, ancoragem e detectores de metal.
Leia também
Quem eram os jovens militares mortos em acidente com caminhão do Exército em Blumenau
Microscópio de Fritz Müller furtado em Blumenau reaparece em Florianópolis
Rodovias federais de SC sofrem novo corte no orçamento de 2022