O Exército dos Estados Unidos puniu seis pessoas por seus papéis em uma missão de 2017 no Níger, que resultou na morte de quatro americanos e de cinco soldados nigerianos aliados, informou o New York Times neste sábado (3).

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A emboscada ocorreu em 4 de outubro de 2017 contra uma unidade de 12 soldados das forças especiais americanas e 30 soldados nigerinos, que retornava de um vilarejo perto da fronteira com o Mali, quando foram pegos por dezenas de extremistas.

Um relatório investigativo divulgado pelo Pentágono em maio assinala que, embora os soldados americanos tenham lutado bravamente e os quatro tenham “morrido com honra”, não estavam devidamente preparados para a missão.

Investigadores citaram “falhas individuais, organizacionais e institucionais”.

Entre os que foram punidos, declarou o Times neste sábado, está o capitão Mike Perozeni, líder da equipe da Boina Verde, e o segundo no comando, um sargento cujo nome não foi revelado.

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O jornal informou que uma carta de repreensão a Perozeni citava o treinamento insuficiente e a falta de ensaios para a missão.

Dois oficiais superiores que aprovaram a missão e supervisionaram a operação não foram punidos, segundo o Times.

O Pentágono não respondeu imediatamente um pedido da AFP de confirmação dos detalhes do relatório.

A natureza da missão no Níger não ficou muito clara, e sua existência surpreendeu muitos americanos.

O relato do Times diz que a Unidade 3212 da equipe da Boina Verde de Perozeni se dirigiu à fronteira entre o Níger e o Mali em busca de um líder do grupo Estado Islâmico (EI) chamado Doundoun Cheffou.

Depois que a Inteligência o localizou, uma operação foi planejada contra o acampamento do líder por uma equipe de comando americano com o suporte de helicóptero, e junto com as tropas nigerinas, além da Unidade 3212.

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Contudo, o mau tempo levou ao cancelamento da participação do helicóptero, e a Unidade 3212 seguiu para o acampamento, que estava vazio. Quando retornavam, sofreram a emboscada por cerca de 50 combatentes do EI fortemente armados.

Em maio, o general Thomas Waldhauser, chefe do Comando da África, disse que, desde então, as forças americanas se tornaram “muito mais prudentes” em suas missões e reforçaram seu poder de fogo.

* AFP