Ao contrário de influenciadores e famosos que colecionam uma legião de seguidores, em Florianópolis, Analu Fernandes é referência para o público fiel de 6 mil seguidores no Instagram que acompanha e segue à risca as dicas compartilhadas pela jovem de 24 anos.

Continua depois da publicidade

> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp

Formada em Jornalismo, Analu começou a produzir conteúdo para a internet em 2014 em um blog. A ideia de trabalhar com os meios digitais surgiu quando ela estava no primeiro ano de faculdade, após uma dinâmica onde uma professora “plantou a sementinha” e incentivou a jovem a se arriscar e dar o primeiro passo para fazer aquilo que sempre teve vontade.

— Sempre gostei de escrever e depois daquele dia comecei a me arriscar escrevendo sobre moda, filmes e coisas que eu gostava mesmo, que estavam no meu dia a dia e faziam parte das minhas experiências, nisso me tornei produtora de conteúdo digital. Quando comecei tinham alguns blogs aqui em Floripa, mas não era tão forte essa coisa do Instagram e de engajamento, até dava para impulsionar, por exemplo, as publicações do Facebook, mas ainda assim não tinham as ferramentas que existem hoje — explica a jovem.

Analu lembra que, por não entender direito como funcionava, agia sem uma estratégia definida.

— Dicas de marketing digital não tinha muito na época, então naquele “feeling” de jornalista eu apostava numa linguagem bem próxima do meu leitor. Pelo Facebook, eu tentava criar uma rede de apoio onde eu indicava para amigas e pedia para elas indicarem pra amigas e amigas de amigas, e assim por diante — lembra ela.

A consultora de marketing digital e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Elis Monteiro explica que Analu é um exemplo de “microinfluenciador”, pessoas capazes de impactar e impulsionar o mercado de marcas locais de maneira orgânica, que se conecta diretamente com o público de determinada região.

— Se você tiver um nicho muito pequeno, mas você for autoridade de fato naquilo que está entregando para o público, você vende o que você quiser. Temos casos de influenciadores com 70 mil seguidores que esgotam produto em loja. Então, dependendo do nível de influência, se for um nicho pequeno, não tem qualquer problema ter um número pequeno de seguidores — explica a especialista.

Continua depois da publicidade

Especialista fala da relação de influência

A busca por engajamento e para cativar novas pessoas está presente no cotidiano de Analu, que sabe que o material que ela compartilha nos stories ou feed terá retorno positivo daqueles que a acompanham diariamente.

— Hoje, embora eu tenha um número que não é tão expressivo [de seguidores], entendo que meu público é muito local, regional e fiel. É nisso que me garanto na hora de converter resultados para as marcas com as quais eu trabalho. A gente precisa reforçar primeiro que o produtor de conteúdo, o influenciador digital, não assegura venda e nem nada do tipo. Não somos vendedores, mas sei que eu tô comunicando sobre marcas para pessoas fiéis, que confiam na minha palavra e consomem aquilo que indico. É essa proximidade com meu público que me faz conquistar esses resultados e trocas com quem me acompanha — diz a influenciadora.

A consultora de marketing de influência Andressa Griffante lembra que muitos consumidores se interessam mais pela opinião e recomendação de amigos e pessoas que admiram no círculo de convivência onde estão inseridos.

Continua depois da publicidade

— É essa identificação e proximidade com o público que é tão valorizada pelas marcas na atuação dos influenciadores. Basicamente, os influenciadores têm grande poder de comunicar e engajar o público-alvo das marcas com quem realizam parcerias e campanhas — explica a especialista.

Leia mais: 

Designer brasileiro está em Harry Potter, além de Maria Fernanda Cândido

Representantes de SC vão para o céu em festival de balonismo em Torres; veja fotos

Show do Guns N’ Roses será ao ar livre no Hard Rock Live de Floripa