“ Criado em 1961, o Parque Nacional de São Joaquim, fruto da extraordinária visão de futuro do engenheiro agrônomo João Rodrigues de Mattos, talvez o maior estudioso da araucária, permaneceu por décadas em quase total abandono. Ainda hoje, o parque desperta para a função social de proteção de ecossistemas e de mananciais de água e turismo ecológico.
Continua depois da publicidade
Metade de sua área está titulada em nome do governo, e a recuperação dos ecossistemas é visível. A paisagem se valoriza, os mananciais, a fauna e a flora se recuperam.
São Joaquim é o quinto parque nacional mais visitado do país, com 140 mil visitantes em 2013. Mesmo com todas as dificuldades, o atual chefe do parque tem conseguido ordenar e impulsionar a gestão. Pessoas comparecem na sede, em Urubici, para obter licença e chegar à sua maior atração, o Morro da Igreja, uma das mais espetaculares paisagens brasileiras, onde neva com frequência e onde se implantou um simples, mas eficiente, controle de acesso. Na sede, uma bem montada exposição antecipa importantes informações ao visitante.
Licenças e agendamentos são obtidos via internet. Predomina uma visão de facilitação responsável, e não de complicação ao visitante. Totens simples de madeira pintada de vermelho sinalizam pontos de observações e informações que se pretende, em breve, serem auto – e áudio – conduzidas. Projetos e ideias de mirantes, passarelas e outros não faltam, o que garantirá o sucesso de público e bilheteria, em um Brasil em que aumenta ano a ano o público que procura parques e outras reservas naturais, para o bem da economia dos municípios envolvidos.
Urubici, com encantadora sede urbana, paisagens deslumbrantes e dezenas de pousadas, por enquanto, é a principal beneficiada com o aumento do ecoturismo na região. Não é à toa que, diferentemente do que se tem observado no Brasil, onde parques costumam não ser bem-vindos (e esse foi o caso do São Joaquim!), seu chefe e responsável por grande parte das mudanças, Michel Omena, deverá receber o título de cidadão urubiciense. Uma virada e tanto, para alegria de João Mattos, de um Parque Nacional ainda à espera de maior apoio do governo. “
Continua depois da publicidade