No último dia do MaxiMídia, maior evento da indústria da comunicação no país, realizado em São Paulo, o futuro dos jornais foi debatido por executivos dos maiores grupos brasileiros. Mesmo reconhecendo a necessidade de novas estratégias de negócios para se adaptar às novas tendências, os diretores enfatizaram que os meios digitais acabaram expandindo o consumo das marcas. Os diários não apenas vêm crescendo em circulação, como também se integrando a diferentes plataformas.

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– Claro que temos desafios, mas o aumento da penetração da banda larga não tem sido suficiente para o declínio dos jornais – disse o vice-presidente RS do Grupo RBS, Geraldo Corrêa.

Conforme o diretor-superintendente da Folha de São Paulo, Antônio Manuel Teixeira Mendes, o grupo triplicou de tamanho em 10 anos, influenciado especialmente pelos meios digitais.

– As novas mídias tornaram as empresas mais sólidas, com a construção de uma nova audiência – disse.

No entanto, o crescimento da circulação não tem se refletido no share publicitário dos jornais. Hoje, o meio impresso concentra 12% dos investimentos, atrás da televisão, que detém 67% dos recursos. No ano passado, as mídias digitais atraíram 5% dos investimentos.

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A explicação para a estagnação do bolo publicitário destinado aos jornais, conforme o diretor-presidente do Grupo Estado, Silvio Genesini, está na fragmentação dos recursos para diferentes mídias, com grande concentração ainda na televisão aberta.

O MaxiMídia foi uma realização do Meio & Mensagem.