O Ministério Público Federal (MPF) afirmou na manhã desta segunda-feira que José Antunes Sobrinho, executivo da Engevix preso na 19ª fase da Operação Lava-Jato, entrou em contato com testemunhas para distorcer a verdade sobre os fatos das investigações. Segundo o MPF, testemunhas da Lava-Jato, que firmaram acordos de delações premiadas, revelaram que o empresário tentou afinar depoimentos.

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Em entrevista coletiva, realizada em Curitiba, o procurador Carlos Fernando Dos Santos Lima destacou que existem documentos bancários e notas fiscais com falsa prestação de serviços que comprovam o envolvimento de Sobrinho no esquema de corrupção.

O empresário é suspeito de repassar R$ 765 mil para o ex-presidente da Eletronuclear (ligada ao Ministério das Minas e Energia, controlado pelo PMDB), o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silvapreso em Curitiba desde julho. A propina seria paga pela Engevix para garantir lugar na construção da usina nuclear Angra 3.

– Ele fez movimentações em janeiro de 2015, inclusive, quando outro diretor da Engevix estava preso – afirmou o procurador.

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Batizada de Nessun Dorma (“que ninguém durma”, em italiano), a 19ª fase da operação cumpre 11 mandados judiciais em em Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro. Entre eles está o de prisão contra um lobista. De acordo com o Ministério Público Federal, ele seria o maior operador internacional descoberto por meio da Lava-Jato. O nome do suposto lobista não foi confirmado durante a entrevista.

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* Zero Hora