Um ataque a tiros na frente de uma creche em Indaial, no Vale do Itajaí, matou um homem e deixou outras duas pessoas feridas na manhã desta segunda-feira (4). Para a Polícia Militar, o crime foi uma execução e acabou atingindo acidentalmente uma mãe e uma criança. Elas não correm risco de morte.

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Conforme as informações da PM, Marcos Gama Barroso, 45, teria deixado a filha e a esposa na creche do bairro Tapajós e, já dentro do carro, foi alvo de ao menos 16 disparos. Nem todos acertaram o homem e uma das balas atingiu a perna da mãe de um estudante, que passava ao lado. Uma menina de quase quatro anos também foi atingida. Ambas foram levadas ao Hospital Beatriz Ramos pelos socorristas e passarão por cirurgia para retirada do projétil.

Os autores do crime teriam chegado em um veículo branco, esperado mãe e filha descerem do Jeep Renegade para então descer do automóvel e fazer os disparos à queima-roupa. As duas não foram atingidas. O motorista morreu na hora e segundo o comandante da PM, Mário Elias, ele estava na cidade há cinco meses e tinha ligação com uma facção criminosa do Amazonas, o que pode explicar a motivação do homicídio:

— Ele tem histórico de envolvimento com tráfico de drogas, inclusive tem mandado de prisão pelo crime de homicídio. Então ficou bem claro que é um fato relacionado com o passado dele. Ele claramente era o alvo — declarou o tenente-coronel.

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Ainda de acordo com o comandante, os agentes já levantam imagens que possam ajudar na identificação dos responsáveis. Agora, a Polícia Civil deve investigar o caso.

Execução

Em nota, a Secretaria de Educação de Indaial (SED) reiterou que se tratou de um crime direcionado:

“É importante ressaltar que esse incidente não está relacionado a qualquer ataque direcionado à Unidade de Educação Infantil. Entendemos completamente a preocupação dos pais e responsáveis em buscar seus filhos nas instalações educacionais. Queremos garantir que, se desejarem, poderão fazer isso sem qualquer interrupção no atendimento usual. A SED também está com a equipe de psicólogos na Unidade de Educação Infantil para atendimento a todos”, escreveu.

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Correção

Inicialmente, a PM informou que estilhaços haviam acertado a criança. O hospital corrigiu a informação e explicou que a bala ficou alojada na perna da menina. O texto foi atualizado.

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