O empresário e ex-vice-prefeito de Balneário Piçarras, no Litoral Norte do Estado, Flávio Tironi, diz ter sofrido uma emboscada na manhã desta quarta-feira (3), em frente ao parque aquático Tironi, administrado por ele, na localidade de Morretes, em Balneário Piçarras.

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Quatro homens encapuzados e armados saíram de um carro estacionado na lateral da estrada e foram em direção ao veículo em que estava o empresário.

Flávio conta que quando chegou na rua que dá acesso ao parque, havia um carro modelo HB20 preto — que através das câmeras de segurança se constatou ter placas de Porto Alegre — estacionado na lateral da estrada, em meio ao mato, e por isso foi pego de surpresa.

— Fui surpreendido quando os homens abriram as quatro portas do carro e vieram correndo em minha direção, com armas de grosso calibre, uma 12, uma pistola 380, eu não tinha muito o que fazer, tentei dar a ré no carro e não consegui — contou.

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Nesse momento o empresário se deitou em direção ao assento do carona, e então foi efetuado o primeiro disparo, que atingiu e estourou a janela do motorista.

— Empurrei a marcha para a frente, pisei no acelerador e avancei contra os bandidos que vinham na direção do carro — contou. O empresário dirigiu sem visão, devido ao fato de estar deitado para se proteger dos tiros, e buzinando na tentativa de chamar a atenção da vizinhança. Ele conseguiu passar pelos criminosos, que acertaram mais um tiro na porta do motorista, que não o atingiu.

Os homens fugiram após o ataque.

“Trauma é grande”

Flávio alega não saber a motivação do crime, descarta rixas políticas e acredita não se tratar de um assalto, pois o crime aconteceu às 7h da manhã, horário em que chegava ao trabalho. Ele também não carregava nenhuma quantia e não acha que tenha sido uma tentativa de assassinato, já que os homens armados estavam na frente do veículo e teria sido relativamente fácil acertar o motorista se essa fosse a intenção. 

O empresário, que atuou como vice-prefeito pelo PSD durante dois mandatos seguidos, entre 2013 e 2020, acredita que a motivação do crime tenha sido o roubo da própria caminhonete ou um sequestro para exigir dinheiro.

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— Me surpreende muito, por que não tenho rixa com ninguém, não deixei mágoas políticas, ninguém com algum desagrado que chegaria a tanto, (a nível) de preparar uma emboscada como foi feito contra mim. Não tenho inimizades, não estou devendo financeiramente para ninguém e também não devem para mim — garantiu.

— O trauma é muito grande para quem sofre, eu não consegui fazer o mesmo trajeto hoje de manhã, precisei de reforço de segurança que me acompanhou até a empresa — lamentou.

Flávio acionou a polícia, que agora investiga o caso. A reportagem tentou contato com o delegado responsável, mas não foi atendida até o fechamento deste texto. 

* Estagiária sob supervisão de Bianca Bertoli