Uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes em licitações em Palmas (TO) teve cumprimento de mandados em Santa Catarina nesta terça-feira (21). O ex-vereador de Florianópolis, Adir Gentil, que também atuou como secretário da prefeitura de Palmas, teve prisão temporária decretada e cumprida pela equipe da PF.

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A Operação Carta Marcada investiga um suposto esquema criminoso de direcionamento de licitações e desvio de recursos públicos em contratos de locação de veículos para secretarias municipais de Palmas.

Segundo a superintendência de Tocantins da Polícia Federal, cerca de 130 policiais federais cumpriram 35 mandados judicias, sendo oito de prisão temporária e 27 de busca e apreensão, além de outras medidas expedidas pela 4ª Vara Federal do Tocantins. Além de Santa Catarina e Tocantins, a operação teve ações no Pará, em Goiás e no Distrito Federal.

Conforme a investigação da PF, a suposta organização criminosa, composta por três núcleos distintos, teria se apropriado de mais de R$ 15 milhões por meio dos contratos investigados.

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Durante as investigações, policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União apontaram elementos que indicariam a montagem de procedimentos para direcionar contratos superfaturados.

Com as buscas desta terça-feira, a PF busca obter novas provas e coibir a continuidade das supostas ações criminosas.

Adir Gentil foi vereador por dois mandatos em Florianópolis, entre 1983 e 1992, suplente de deputado e suplente de senador por SC. Mais recentemente, atuou como secretário de Planejamento e Gestão da prefeitura de Palmas. Ele ocupou o cargo na gestão do ex-prefeito Carlos Amastha, que renunciou ao mandato em 2018 para concorrer ao governo de Tocantins, mas acabou derrotado. Amastha também atuou como empresário em Florianópolis no início dos anos 2000 e teve o sigilo bancário quebrado na operação da PF desta terça-feira.

O advogado de Adir Gentil afirmou que já nesta terça-feira estava preparando um pedido de revogação da prisão temporária e que o depoimento dele “exauriu a necessidade de manutenção de sua prisão”.

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