O ex-superintendente do Serviço de Abastecimento de Água e Tratamento de Esgoto (Saate) de Presidente Getúlio, no Alto Vale do Itajaí, Edson Staloch, teve a prisão preventiva revogada nesta semana. Ele estava preso desde abril, quando foi alvo da quarta fase da Operação Mensageiro. A investigação apura suposto pagamento de propina em troca de vantagens ilícitas para uma empresa em contratos de coleta de lixo em pelo menos 16 cidades de SC.

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Staloch conseguiu decisão favorável ao pedido de revogação da prisão na quarta-feira (28) e já deixou a prisão. Ele estava detido no Presídio de Rio do Sul. Agora, precisará cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleiras eletrônicas.

Em nota à imprensa, a defesa do ex-superintendente defendeu que ele é inocente e que a decisão desta semana “demonstra a sensatez e imparcialidade do Poder Judiciário em avaliar o caso de forma individualizada”.

Ainda segundo a nota, o caso de Staloch está em fase inicial de apresentação das defesas e indicação de provas e testemunhas que ainda serão ouvidas. Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela defesa do ex-superintendente:

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Entenda a Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro apura um suposto esquema de pagamento de propina a prefeitos e outros agentes públicos em troca de vantagens em contratos de coleta de lixo em cidades de SC. O Ministério Público descreve o caso como possivelmente o “maior escândalo de corrupção de Santa Catarina”.

A operação já prendeu preventivamente 16 prefeitos de cidades de SC. Desses, 13 já tiveram denúncias aceitas pela Justiça e agora são réus em processos que apuram as denúncias.

Imagens dos investigadores flagraram encontros entre um empresário apontado como o responsável por entregar dinheiro a agentes públicos e secretários de municípios. Segundo a investigação, o esquema teria movimentado até R$ 100 milhões em propina e gerado lucro indevido à empresa pivô do escândalo de mais de R$ 400 milhões.

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