O ex-secretário de Saúde de Bom Jardim da Serra, Luiz Carlos Seminotti, teve os bens bloqueados após suspeita de furar a fila da vacinação contra o coronavírus. O pedido do Ministério Público (MPSC) foi acatado pela Justiça, que determinou a obstrução de até R$ 66 mil de Seminotti. A decisão é passível de recurso.
Continua depois da publicidade
> Clique aqui e receba as principais notícias de Santa Catarina no WhatsApp
Além do bloqueio dos bens, o MPSC solicitou condenação por ato de improbidade administrativa, o que ainda será analisado. Até a manhã de terça-feira (16), o ex-secretário não havia sido notificado. Procurado pela reportagem, Seminotti preferiu não se manifestar.
O ex-secretário tem 70 anos, mas não trabalha diretamente na linha de frente de combate à doença nem mora em instituições de longa permanência (ILPI), que são as prioridades nessa primeira fase de vacinação em Santa Catarina. Ele foi exonerado pela prefeitura no fim de janeiro, logo após a repercussão do caso.
> Grupo que vai decidir sobre lockdown em SC é formado por técnicos da saúde, entidades e PM
Continua depois da publicidade
> SC tem suspeita de ‘fura-filas’ da vacina contra Covid-19
Segundo o MPSC, o ex-secretário “furou” a fila da vacinação ao receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no dia 20 de janeiro de 2021. Seminotti teria obtido vantagem e privilégio já que não fazia parte do grupo prioritário de imunização. Ainda de acordo com o órgão, ele foi o décimo servidor municipal vacinado.
O promotor de Justiça Gilberto Assink de Souza, da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de São Joaquim, destacou que Bom Jardim da Serra só tinha recebido 29 doses da vacina na ocasião. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde tinha 68 servidores vinculados dos quais 64 estavam trabalhando à época.
> Motorista pendurado em caminhão na BR-101 relata pânico: “Ele dizia que eu ia morrer”
Seminotti teria sido alertado pelo corpo técnico da secretaria de Bom Jardim da Serra de que não teria direito a imunização. Para o promotor de Justiça, o ex-secretário teria se valido do cargo de Secretário Municipal de Saúde para obter o privilégio, em detrimento dos princípios da Administração Pública da moralidade, legalidade, impessoalidade, eficiência e lealdade às instituições.
Continua depois da publicidade
*Com informações do G1 SC
Leia mais:
Grande Florianópolis tem praias proibidas e aulas remotas por uma semana; veja regras
Infectologista critica lockdown em SC sem testagem em massa
Mulher de Chapecó é a 2ª pessoa com Covid a morrer após transferência de SC ao Espírito Santo