O ex-secretário de Obras de Major Vieira morto em frente a um ginásio de esportes no Centro d a cidade estava sendo vigiado há dois dias pelos suspeitos, de acordo com a Polícia Civil. Sérgio Roberto Lezan tinha 56 anos e foi atingido com pelo menos três disparos à queima-roupa por volta do meio-dia de terça-feira (14). 

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​Segundo o delegado Eduardo Borges, que investiga o caso, testemunhas disseram que dois homens em uma motocicleta rondavam as proximidades do local onde aconteceu o crime desde a manhã de segunda-feira (13) e ficavam parados observando a vítima em um ponto que fica de 20 a 30 metros do ginásio, onde Lezan trabalhava como secretário de esportes.  

Ainda conforme o investigador, os homens fizeram o mesmo esquema dois dias seguidos. Na segunda-feira, próximo do horário do meio-dia, eles deixaram o local para depois retornarem, já que há uma creche na região e a rua fica mais movimentada neste horário. 

— Mas as testemunhas não conseguem reconhecê-los porque, mesmo esperando aquele período todo, um deles estava com capacete, e o outro usava capuz e máscara — explica o delegado. 

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No dia seguinte, os suspeitos surpreenderam Lezan quando ele saía do ginásio e dispararam pelo menos três vezes. Os criminosos fugiram do local, mas foram presos durante a noite de terça-feira no interior da cidade de Papanduva, no Planalto Norte de SC.

Investigação

No mesmo dia em que ocorreu o crime, a polícia já começou a ouvir testemunhas e conseguiu identificar os suspeitos. Durante as buscas, os policiais descobriram que a moto utilizada no crime havia sido comprada no sábado (11) pela manhã por meio de uma publicação no Facebook e utilizaram o anúncio para chegar aos criminosos. 

Um deles foi preso em casa, o outro, saindo do mesmo endereço, em Papanduva. 

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Segundo o delegado Borges, Lezan era muito ativo na comunidade e desempenhava um “forte papel na política”. Além de secretário municipal, Lezan já foi diretor de Esportes e era primeiro suplente do partido Republicanos na Câmara de Vereadores. Antes da vida dedicada à política, atuava na Polícia Militar e estava na reserva. 

Ao lado do prefeito Adilson Lisczkovski, ele teria feito o relato que originou a Operação Conta Zerada, deflagrada pelo Ministério Público em setembro. Na época, a operação acabou com a prisão de duas pessoas que, segundo o MP, teriam desviado R$ 200 mil dos cofres públicos.

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Apesar deste indício, de acordo com o investigador, há várias outras possibilidades de motivação para este homicídio. 

— Não conseguimos excluir e nem confirmar que [a morte] está relacionada a operação — frisa Borges. 

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