O secretário de governança de Porto Alegre, Cezar Busatto, vai prestar esclarecimentos nesta sexta-feira à Polícia Civil, na Capital, sobre o suposto desaparecimento de documentos da prefeitura de Santa Maria após o incêndio na boate Kiss.

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Conforme a polícia, testemunhas teriam visto Busatto, que é amigo pessoal do prefeito Cezar Schirmer e ex-secretário municipal de Santa Maria, no prédio. Busatto confirmou a Zero Hora que foi chamado pela Polícia Civil, mas nega que tenha ido ao prédio.

– Eu não fui à prefeitura. Eu parei na casa do Schirmer (prefeito Cezar Schirmer) duas vezes, fui lá para acompanhar, para dar um apoio. Não estive na prefeitura, não frequentei a prefeitura, só fui no local do acidente, e onde estavam sendo tratadas as vítimas, as famílias.

Busatto viajou a Santa Maria no domingo em que ocorreu o incêndio, e esteve na cidade novamente no final de semana seguinte à tragédia.

– Fui lá apenas porque sou amigo dele, fui ajudar a sustentar um pouco a situação dele, da família. Não estive na prefeitura, não estive no prédio da prefeitura, não estive no gabinete do prefeito, em nenhum lugar. Eu sei que tem câmeras que estão fazendo esse exame, se tiver alguma câmera vai comprovar isso (que ele não esteve no local). É estranho isso. Estou até curioso para saber as origens (da informação).

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Ex-secretário da gestão Schirmer, Busatto disse que vai colaborar:

– Vou esclarecer com todas as letras.

O delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arigony, confirmou ter recebido, logo depois da tragédia, a informação de que Busatto teria buscado documentos que poderiam mostrar sucessivas falhas de fiscalização da prefeitura ao longo dos anos. Como a informação não foi formalizada e pessoas questionadas não confirmaram, o assunto foi deixado de lado. Nos últimos dias, a polícia recebeu novo contato informando que vídeos do executivo poderiam mostrar uma pessoa entrando no local fora do horário de expediente.

A polícia já analisou imagens de câmeras de videomonitoramento do Centro Administrativo Municipal, entregues pela prefeitura, e nada de anormal foi detectado. Mas não ficou satisfeita, pois o material se refere apenas ao dia do incêndio, o domingo, 27 de janeiro. Os policiais agora querem imagens que abrangem o período de 27 de janeiro a 5 de fevereiro.

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