O ex-secretário-adjunto da Administração do Estado, Nelson Nappi Júnior, é alvo de um mandado de prisão preventiva no âmbito da Operação Alcatraz. A terceira fase das investigações foi deflagrada nesta quinta-feira (14). Essa etapa foi intitulada de Operação Obstrução.

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Nelson Nappi já era investigado pela operação e já tinha sido alvo de prisão preventiva e de mandado de busca e apreensão em outras fases das investigações. 

Ao g1 SC, o advogado Leonardo Pereima de Oliveira Pinto informou que às 8h30 a PF estava na casa do investigado. A defesa dele disse que só vai se manifestar quando analisar o documento.

Além da prisão, foram expedidos outros cinco mandados de busca e apreensão. As ações acontecem em Florianópolis e São José.

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A nova etapa foi desencadeada, segundo a PF, após apreensão de bens, documentos e equipamentos na residência de um dos investigados na Operação Hemorragia, 2ª fase da Operação Alcatraz, deflagrada em janeiro deste ano.

Os investigados poderão responder por crimes previstos na Lei de Lavagem de Dinheiro e na Lei de Organizações Criminosas. Os nomes dos alvos não foram divulgados pela polícia.

Investigação

Segundo a PF, as investigações mostraram que apesar de preso desde a primeira fase da operação, Nelson Nappi teria contado com ajuda da esposa para fazer pagamento de altos valores em dinheiro. Ele também teria usado cheque de terceiros e ocultado a propriedade de um veículo por meio de registro em nome de um parente.

Também foram apontadas evidências de que Nappi havia descumprido a condição estabelecida para o cumprimento temporário da prisão em sua residência, mantendo contato com outro investigado.

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Nos telefones apreendidos a PF encontrou conversas que demonstram que os investigados contavam com o auxílio externo para busca de valores com terceiros para quitação de dívidas.

Operação Alcatraz

A Operação Alcatraz foi deflagrada em 2019. O objetivo é combater fraudes em licitações e desvios de recursos públicos ligados a contratos de prestação de serviços terceirizados e do ramo da tecnologia.

Na época, foram cumpridos 11 mandados de prisão, sendo sete preventivos e quatro temporários. Outros 42 pedidos de busca e apreensão também foram efetuados. Nelson Nappi foi um dos presos nesta etapa.

A segunda fase da operação foi deflagrada em janeiro deste ano. Chamada de “Hemorragia”, a investigação apurou uma suposta organização criminosa suspeita de corrupção, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro

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O deputado e então presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Julio Garcia teve a prisão domiciliar decretada com uso de tornozeleira nesta fase.

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