A justiça liberou da prisão no final da tarde de ontem o ex-Procurador Geral Adjunto de Itajaí, o advogado Ricardo Bittencourt. Ele foi preso no dia 28 de agosto na Operação Dupla Face, um dia depois de pedir exoneração do cargo que exercia na Prefeitura. A juíza Sônia Moroso atendeu a solicitação da defesa de Bittencourt e revogou a sua prisão preventiva.

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Segundo o advogado dele, Felipe Navas Próspero, o seu cliente foi detido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por causa da indicação ao cargo de Procurador Geral do município feita pelo prefeito Jandir Bellini. Porém, como Ricardo declinou do cargo antes mesmo da nomeação, o advogado acredita que não haveria razões para a prisão.

_ A prisão ocorreu porque ele teria, em tese, alguns poderes no cargo de procurador geral que poderiam de alguma forma atrapalhar as investigações. Mas a nomeação sequer aconteceu_ comenta.

Próspero reforça que Bittencourt não tem envolvimento com possíveis irregularidades na procuradoria e solicitou a exoneração justamente para não ter o seu nome ligado à Operação Dupla Face.

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Na decisão, a juíza destaca que a colaboração de Ricardo com as investigações e o fato de ter deixado o cargo de Procurador Adjunto pesaram a seu favor.

O ex-secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Douglas Cristino, e o ex-procurador Geral do município, Rogério Ribas, seguem presos. A Operação Dupla Face investiga a existência de um grupo formado por agentes públicos para obter vantagens ilícitas de empresários para a liberação de projetos e obras ligadas à construção civil.