Os restos mortais de George H.W. Bush permaneciam, nesta terça-feira (4), no Capitólio dos Estados Unidos para o velório público, em meio a várias homenagens ao 41º presidente americano.

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Desde a noite de segunda-feira, os americanos passavam discretamente pelo caixão coberto com a bandeira do país, na rotunda do Capitólio, para homenagear Bush, que morreu na sexta-feira, aos 94 anos, em sua casa em Houston.

Sua morte levou os americanos a refletir sobre a sua vida de dever e serviço ao país como líder da chamada “Grande Geração”.

Depois de se tornar o segundo presidente a ver seu filho seguindo seus passos no Salão Oval, o republicano será homenageado durante quatro dias, com comemorações e serviços, em Washington e no Texas, onde será enterrado na quinta-feira.

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Está programado que o presidente Donald Trump participe de um funeral de estado na quarta-feira na Catedral Nacional de Washington – o primeiro funeral presidencial desde que Gerald Ford morreu em 2006.

Na segunda-feira, depois que os parentes de Bush e dignitários haviam partido, o presidente foi levado da Casa Branca para o Capitólio.

Com a primeira-dama Melania ao seu lado, Trump fez uma saudação, e o casal permaneceu ao lado do caixão por cerca de um minuto.

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Bush nunca se entusiasmou com Trump e deixou claro que não votou nele em 2016. O próprio Trump criticou Bush pai durante a sua campanha.

Mas na segunda-feira, Trump escreveu a membros do Congresso para que saudassem Bush como um homem que “levou uma vida que exemplifica o que é verdadeiramente grande sobre a América”.

“O presidente Bush trabalhou desinteressadamente ao longo de sua longa vida para criar um mundo de justiça e paz duradoura”, escreveu.

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A Casa Branca também fez um convite à família Bush para permanecer em Blair House – a casa de hóspedes do presidente – enquanto estão em Washington para os eventos em torno de seu funeral.

Bush foi piloto de combate condecorado da Segunda Guerra Mundial, embaixador na China, chefe da Agência Central de Inteligência (CIA) e vice-presidente de Ronald Reagan, até que chegou à Casa Branca.

A cerimônia na qual militares carregavam o caixão do ex-presidente contou com a presença de George W. Bush – seu filho e 43º presidente -, além de outros parentes, dignitários e mais de 100 membros da Câmara e do Senado.

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O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, elogiou Bush – que ocupou a Casa Branca de 1989 a 1993 – como um patriota que conduziu o país tão bem quanto pilotou seu avião na Segunda Guerra.

“Ele nos manteve voando alto e nos desafiou a voar ainda mais alto. E fez isso com modéstia e bondade que teriam sido surpreendentes em alguém um décimo tão duro e realizado como ele era”, declarou.

– Mãos no coração –

Bush foi levado a bordo do avião presidencial Boeing 747 – disponibilizado por Trump – de Houston para a Base Andrews, em Maryland.

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Bush é o 12º presidente dos Estados Unidos a permanecer em velório público no Capitólio. Apenas três meses antes, esta honra foi concedida ao senador John McCain, ex-candidato presidencial republicano que morreu de câncer no cérebro.

Centenas de membros do público começaram a entrar silenciosamente no Capitólio na segunda-feira para prestar suas últimas homenagens.

Entre eles estava Kim Frinzell, um funcionário do governo que não votou em Bush, mas cresceu respeitando suas realizações, incluindo a assinatura da Lei dos Americanos com Deficiência, de 1990.

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“O fato de ele poder cruzar as linhas partidárias e fazer isso tão graciosamente, especialmente depois de sua presidência, para mim é realmente inspirador e uma lição que a nossa atual administração pode aprender”, disse Frinzell, de 56 anos, à AFP.

Bush será homenageado em um funeral na quarta-feira, declarado por Trump um dia de luto nacional.

Entre os presentes estará Bill Clinton, assim como os outros ex-presidentes americanos vivos, juntamente com dezenas de líderes estrangeiros, incluindo a alemã Angela Merkel.

O ex-primeiro-ministro canadense Brian Mulroney disse que fará um dos discurso de homenagem, a pedido de Bush.

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Na quinta-feira, Bush será enterrado na Biblioteca Presidencial George H.W. Bush, em College Station, no Texas, ao lado de sua esposa Barbara, que faleceu em abril, e de sua filha Robin, que morreu de leucemia aos três anos.

* AFP