Presidente do Comitê Olímpico Internacional de 1980 a 2001, o espanhol Juan Antonio Samaranch lutou para que seu país sediasse pela segunda vez uma Olimpíada. Depois de levar os Jogos para Barcelona em 1992, o dirigente participou ativamente da candidatura de Madri à edição de 2016. Acabou derrotado pela candidatura, mas feliz.
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Samaranch reconheceu sua alegria com a eleição do Rio como sede dos Jogos de 2016. Mesmo estando do outro lado, o espanhol sempre foi um entusiasta da candidatura brasileira. Agora, torce por um bom trabalho nos próximos sete anos – que, para ele, terminará com grande sucesso.
– Não tenho nenhuma dúvida: o Rio de Janeiro será excelente, a melhor sede dos Jogos Olímpicos. Em 2016, será a primeira Olimpíada realizada na América do Sul e isso deve nos estimular. A escolha do Rio foi uma aposta estratégica do Comitê Olímpico Internacional e deve ser uma oportunidade única para esse grande país que é o Brasil.
O espanhol entende que os Jogos do Rio podem abrir as portas para que a África possa também receber uma Olimpíada no futuro.
– Sem dúvidas chegará o dia em que os Jogos irão à África, um continente que merece isso por ter dado muito ao movimento olímpico. Agora, a dúvida reside em saber em que data e qual cidade pode ter a capacidade logística e financeira para abrigar um evento como é a organização do Jogos.
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Ele acredita que a chegada dos Jogos Olímpicos à América do Sul ocorreu no momento ideal.
– Diversas cidades latino-americanas já haviam concorrido anteriormente à organização. O Rio mesmo já havia proposto sua candidatura para 2004 e não conseguiu a confiança que agora o COI lhe concedeu plenamente. A economia emergente do Brasil, sua capacidade de organização demonstrada com os Jogos Pan-Americanos ou com a próxima Copa do Mundo de Futebol são argumentos que convenceram os membros do COI.