O ex-presidente do Banco Central da República Argentina (BCRA Alejandro Vanoli explicou à Justiça, nesta quinta-feira, que tentou frear uma desvalorização com a venda de dólares a futuro, em uma causa que também envolve a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015).
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A operação foi questionada judicialmente e aconteceu em setembro de 2015.
Hoje, Vanoli declarou ao juiz Claudio Bonadio que tentava “enviar sinais claros e contundentes de que não planejava convalidar as expectativas de desvalorização a fim de promover a estabilidade cambial”.
“Com a operação de dólares a futuro, buscou-dr evitar uma desvalorização, já que essa gerou um nível maior de inflação deteriorando o salário real (…) da população, como se evidenciou claramente depois de 17 de dezembro de 2015”, afirmou Vanoli.
Bonadio considera que os pagamentos a grandes corporações compradoras de divisas resultou em um prejuízo para o BCRA de pelo menos 50% por dólar vendido.
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Em sua defesa, Vanoli disse que as operações “foram feitas a preço de mercado” e que as perdas milionárias “aconteceram depois da megadesvalorização feita mais tarde pelas novas autoridades do BCRA em dezembro”.
Cristina Kirchner será a próxima a comparecer à audiência com Bonadio, na quinta-feira da semana que vem. Este caso é visto pela oposição peronista de centro-esquerda como uma perseguição política empreendida por magistrados que respondem ao presidente de centro-direita Mauricio Macri.
A presença da ex-presidente nos tribunais de Buenos Aires será seu retorno à capital do país desde que deixou a presidência em 9 de dezembro do ano passado e se instalou em sua casa de Río Gallegos, na Patagônia, a 2.800 Km ao sul de Buenos Aires.
O ex-ministro da Economia e atual deputado Axel Kicillof é outro acusado que deve prestar depoimento na próxima terça-feira, dia 12.
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