A versão de que houve irregularidade no contrato da Caixa Econômica Federal (CEF) ao pavimentar 23 ruas que tinham recebido rede coletora de esgoto foi contestada pelo ex-presidente da Companhia Águas de Joinville, Luiz Alberto de Souza.
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Em reunião na última quinta-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Buracos, o arquiteto, que estava no comando da companhia no período investigado pelos integrantes da CPI, rebateu vários pontos que tinham sido apurados pelos parlamentares até agora.
-Mostramos e comprovamos que não havia vedação em relação a pavimentação total de algumas ruas. E que pavimentamos totalmente algumas ruas utilizando critério técnico de engenheiros após pedidos do Seinfra. Não houve culpa nossa-, diz Luiz Alberto, que ainda informou que todas as ruas foram asfaltadas após a Secretaria de Infraestrutura ter enviado uma notificação pedindo a pavimentação de mais ruas.
Durante o encontro, o ex-presidente ainda explicou que a complexidade das obras de saneamento faz com que se torne impossível saber se alguma rua precisaria de pavimentação parcial ou total antes dos trabalhos. Além disso, ele aproveitou o encontro para criticar duramente os parlamentares.
-Abriram uma CPI intempestivamente. Acharam que encontrariam alguma irregularidade, mas não há nada. Tudo que fizemos foi com base em dados técnicos. A verdade é que toda essa comissão poderia ser resolvida com um simples pedido de informação-, criticou Luiz Alberto.
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Já o vereador Maurício Peixer (PSDB), presidente da CPI, rebateu a versão dada pelo ex-presidente da Águas. Segundo ele, a Seinfra pode solicitar a pavimentação de ruas, mas não decide.
Da mesma forma, ele garante que a informação das notificações da Seinfra já eram de conhecimento da comissão, e reafirma que faltou fiscalização por parte da companhia na hora da realização dos serviços de instalação da rede coletora e de pavimentação dos trechos abertos.
-A CPI não nasceu para mostrar que alguém estava roubando. Mas surgiu para provar que houve erros que precisam ser consertados. Sabemos agora que o solo é um problema e que precisamos gastar mais do que em outras cidades-, comentou o parlamentar.
A comissão volta a se reunir na próxima quarta-feira, quando se reúne com a atual direção da Águas de Joinville.
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