O ex-prefeito Juliano Duarte Campos (PSB), que esteve à frente da prefeitura de Governador Celso Ramos de 2013 a 2020, assumiu estar entre os alvos da operação policial deflagrada nesta segunda-feira (6) contra um suposto esquema de favorecimento a construtoras pelo poder público no município. Ele afirmou ter sido surpreendido pelo mandado de busca e apreensão cumprido contra si e disse que, apesar de desconhecer o pleno teor da investigação, tem certeza de que não cometeu irregularidades.
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“Apesar de surpreso com o ocorrido, tenho a absoluta certeza que não cometi nada de irregular, pelo contrário, durante os dois mandatos em que atuei como chefe do Executivo Municipal, busquei transformar para melhor a nossa cidade, visando sempre o bem comum, prova disso é que, tive todas as minhas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado”, publicou Campos nas redes sociais.
Ele anunciou ainda ter se colocado a disposição da Justiça e solicitado o acesso ao inquérito do qual é alvo, para eventualmente colaborar com as investigações. “Nada temo, pois sei que a Justiça e a verdade prevalecerão”, completou, em sua publicação.
Além de prefeito de Governador Celso Ramos por dois mandatos, Juliano Campos foi candidato a deputado estadual em 2022, mas não foi eleito. Ele se mantém politicamente ativo ainda assim, com fotos nas redes sociais junto a importantes lideranças de seu partido, caso do agora ex-senador Dario Berger, do ministro Márcio França (Portos e Aeroportos) e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
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Entenda a investigação
O esquema investigado teria a participação de dois núcleos, sendo um político, com integrantes do executivo municipal, e um empresarial, formado por construtores, segundo apurou a Delegacia de Combate à Corrupção da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil, e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual.
Ainda de acordo com as autoridades, o primeiro dos núcleos teria enriquecido ilegalmente conforme os empresários eram beneficiados ao longo dos anos com o desenvolvimento da cidade.
A investigação aponta, ainda, que o esquema não se limitou ao núcleo político e de construtoras do município, mas também com pessoas jurídicas que prestavam serviços no local.
Na manhã desta segunda, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Governador Celso Ramos, Balneário Camboriú, Florianópolis, São Pedro de Alcântara e São José. O inquérito apura os crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.
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