A história contada por Maximino Vicente, de 43 anos, que confessou o assassinato da mulher, Terezinha Moraes Soave, de 63 anos, por asfixia, serviu de base para a prisão preventiva dele.
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Ele foi preso no fim da tarde de segunda-feira, em Balneário Piçarras, no Litoral Norte de SC, onde morava o casal.
O corpo dela foi encontrado no dia 29 de março à beira da SC-418, na Serra Dona Francisca, em Pirabeiraba, na zona Norte de Joinville.
Segundo Maximino, ele decidiu matá-la durante uma briga que começou porque a companheira queria ler livros que ele considerava em desacordo com a religião cristã.
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O delegado responsável pelo caso, Wilson Masson, confirmou a prisão após ser expedido um mandado de prisão preventiva contra ele. O suspeito confessou uma versão que ainda precisa ser esclarecida pela Polícia Civil.
No dia 6 de abril, o homem se apresentou e confessou o crime. Maximino se disse desesperado ao rodar cerca de 50 quilômetros e deixar o corpo na Serra Dona Francisca.
O caso se enquadra no feminicídio, uma das qualificadoras do homicídio, o que aumenta a pena em caso de condenação. O ex-padre foi encaminhado ao Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, em Itajaí. O inquérito policial foi enviado ao fórum na semana passada para fundamentar o pedido de prisão.
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Porém, ainda faltam resultados dos laudos do local do encontro do corpo, da perícia feita dentro da casa do casal, onde ocorreu o homicídio, e o laudo dos materiais que envolveram o corpo e das roupas da vítima, encontradas na beira da estrada.
Esses resultados, quando ficarem prontos, serão mandados para o fórum para serem anexados ao inquérito policial. O laudo da perícia feita no carro do suspeito indicou que não havia rastros de sangue no veículo, já que os bancos foram forrados com plástico.
O advogado do suspeito disse que o cliente agiu em legítima defesa em um momento de emoção, o que nos termos jurídicos significa que ele agiu sem premeditar o crime.
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