Suspeito de matar Maitê Brambilla dos Anjos, de 2 anos, em Treze Tílias, o ex-padrasto da menina foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nesta quinta-feira (12) por feminicídio. O crime ocorreu em abril deste ano e foi descoberto após o corpo da criança ser encontrado pelos pais, enrolado em cobertas.
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Na ação, a promotora Francieli Fiorin, da 3º Promotoria de Justiça da Comarca de Joaçaba, sustenta que o crime foi qualificado pelo motivo torpe, pelo emprego de meio cruel, por ter sido praticado à traição e mediante a meio que dificultou a defesa da vítima. Ela também incluiu a qualificadora do feminicídio e pede que ele seja julgado pelo Tribunal de Júri.
De acordo com a ação, o motivo pelo qual o crime foi praticado foi porque o homem queria se vingar da mãe da vítima, devido ao término do relacionamento e o pedido para que ele deixasse a casa onde morava com a mulher e a criança.
Além disso, segundo a denúncia, ele também cometeu o crime mediante traição já que, no dia, ele se ofereceu para cuidar da menina. Porém, “quebrando a relação de confiança existente com a criança e a também com a mãde dela”, matou Maitê.
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A denúncia também salienta a quantidade, intensidade e diversidade na qual os golpes foram desferidos em Maitê, o que, segundo a promotora, demonstra que o homem teve “falta de sensibilidade e brutalidade” na hora da ação.
Por fim, a promotora acrescenta que o crime foi cometido contra a mulher, já que a violência se deu em âmbito doméstico e foi proveniente da convivência familiar.
“O denunciado, até o dia dos fatos, coabitou com a pequena Maitê na casa em que a matou e tinha sobre ela autoridade de padrasto e intimidade, aproveitando-se dessas circunstâncias para alcançar o objetivo morte”, conclui Fiorin.
A ação ainda não foi recebida pela Justiça, que decidirá se o homem será réu ou não pela morte de Maitê.
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Relembre o caso
O crime ocorreu em 26 de abril. Ao voltar do trabalho, por volta das 18h, a mãe da criança encontrou o apartamento trancado e não conseguia contato com ex-companheiro. Ela acionou então o pai da menina e, juntos, passaram a fazer buscas pela cidade.
Um dos locais onde a família foi era a quitinete onde o ex-padrasto supostamente deveria se mudar, mas não o encontraram. Os pais de Maitê foram então relatar o desaparecimento à polícia e voltaram para a casa da mulher.
Antes da chegada dos policiais ao apartamento, o pai e um tio da vítima arrombaram a porta do local. Dentro da residência, o corpo da menina foi encontrado em cima de uma cama, embaixo de várias cobertas. Ela tinha um corte no pescoço e já estava sem vida.
A Polícia Militar passou a tratar o caso como assassinato e já tinha ali o ex-companheiro da mãe da menina como principal suspeito, que tinha paradeiro desconhecido até se entregar na manhã seguinte.
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Um policial que participou das buscas e da prisão do suspeito afirmou à reportagem do Diário Catarinense que o homem confessou ter cometido o crime.
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