O ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Lima, será investigado pela possível participação na morte de Maria Venina, de 82 anos, avó da ex-sinhazinha, em junho do ano passado, em Parintins. Integrantes da seita “Pai, Mãe, Vida” teriam aplicado doses de anabolizante em um ritual horas antes da morte da idosa. As informações são do g1.

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Relatos de parentes afirmam que Cleusimar, Djidja e Bruno teriam aplicado anabolizantes na idosa, em um ritual da seita. Uma mulher, que preferiu não ter a identidade revelada, relatou como a morte ocorreu.

— Cleusimar fez o ritual da cura, ela expulsou todo mundo da casa da minha avó. E nesse ritual eles aplicaram uma bomba, e deram maconha para minha avó. Para fazer medicação, para ela meditar. Às 3h da manhã do dia 29 minha avó teve um AVC. Ela chamou minha tia que estava dormindo. E quando ela levantou, ela reclamou de muita dor de cabeça e ela caiu nos braços da minha tia — afirmou.

Depois disso, uma irmã de Cleusimar teria enviado uma mensagem de áudio, em que pediu para que ela pare de usar drogas. “Cleuse, que sirva de lição minha irmã, para de usar droga!”, diz a mensagem.

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Familiares contam que após utilizar os entorpecentes, Cleusimar dizia que tinha poderes para ressuscitar a mãe. Depois da morte da avó, a família buscou a polícia, e fez uma denúncia de cárcere privado para tentar tirar Djidja da seita e das drogas. Porém, ela não quis sair de casa.

Em um vídeo gravado em 27 de maio, às 23h40min, Bruno aparece pedindo para Djidja entregar um frasco de cetamina. À 0h08min, ele pede para que ela se deite. Djidja, de 32 anos, morreu naquela madrugada.

O corpo da ex-sinhazinha do Boi Garantido foi encontrado por Bruno em outro cômodo da casa na manhã seguinte. A principal suspeita é de que a morte tenha ocorrido por overdose de cetamina. Bruno, de 31 anos, foi preso na sexta-feira (7) em Manaus.

Depois de participar como sinhazinha no Festival Folclórico de Parintins, entre os anos de 2016 e 2020, Djidja participou de programas de televisão e também abriu uma rede de salões de beleza.

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Ela integrava, ao lado da mãe, Cleusimar Cardoso, do irmão, Ademar Cardoso, e do ex-namorado, Bruno Lima, a seita “Pai, Mãe, Vida”. De acordo com a polícia, o último é suspeito de fazer parte de uma quadrilha que vendia cetamina, anestésico de uso veterinário, além de outros medicamentos, sem a necessidade de receita. A cetamina era usada em rituais para “alcançar plenitude espiritual”.

Investigações

Outros quatro suspeitos foram presos na sexta-feira, durante a investigação da quadrilha de tráfico de cetamina da qual Bruno faria parte. A defesa de Bruno Lima afirmou, em nota, que a prisão dele é desnecessária, já que ele sempre cooperou com as investigações.

Um ex-fisiculturista estaria entre os presos, apontado como quem prescreveu o uso de cetamina para a família, de forma ilegal. Clínicas veterinárias foram alvo de uma operação de fiscalização do Ministério da Agricultura, por suspeita de venderem cetamina e outros medicamentos sem autorização.

O empresário José Máximo Silva de Oliveira, que de acordo com a polícia é o responsável pelas clínicas investigadas, foi preso. O advogado José Máximo nega que ele tenha prescrito cetamina ou outro tipo de medicamento para a família de Djidja.

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O irmão de Djidja e a mãe deles, além de três funcionários da rede de salões de beleza, foram presos no final do mês de maio. Eles são suspeitos, de acordo com a polícia, de utilizarem a seita “Pai, Mãe, Vida” para utilizar e vender cetamina. Além disso, Ademar, o irmão, é investigado por suspeita de estuprar uma jovem enquanto ela estava sob efeito de drogas. O Fantástico não teve retorno dos advogados de Ademar e Cleusimar Cardoso.

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