O ex-ministro da Justiça Anderson Torres (PL) chegou ao Brasil na manhã deste sábado (14) e se entrega à Polícia Federal em Brasília (DF). O político estava nos Estados Unidos e, antes de ter a prisão determinada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a previsão é que voltasse de férias apenas no fim do mês.

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Quem é o catarinense apontado pela AGU como financiador de atos golpistas em Brasília

A decisão foi dada em resposta ao pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, que solicitou a detenção em flagrante de Torres e de demais agentes públicos que tiveram participação ou se omitiram para facilitar a invasão dos prédios dos Três Poderes, que ocorreu no dia 8 de janeiro.

Torres será investigado porque era secretário de Segurança do Distrito Federal quando os prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto foram invadidos e vandalizados no último domingo. No mesmo dia, ele foi exonerado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

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Conforme o Folhapress, o pedido cita a violação ao Estado Democrático de Direito como base para solicitar a prisão. A AGU ainda solicitou a investigação e responsabilização civil e criminal dos responsáveis de atos ilícitos neste domingo, sendo “indispensável a determinação de apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos”.

Torres reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro deste ano e viajou de férias para os EUA cinco dias depois. Ele não estava no Brasil quando bolsonaristas atacaram os prédios dos Três Poderes.

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