Um ex-militar americano foi condenado nesta sexta-feira à prisão perpétua pelo estupro e assassinato de uma japonesa de 20 anos em Okinawa, sudoeste do Japão.

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O caso, que provocou grande interesse da imprensa nipônica, intensificou a oposição da população de Okinawa à presença ostensiva dos militares americanos nesta pequena ilha do Pacífico, que abriga mais da metade dos 47.000 soldados dos Estados Unidos mobilizados no Japão.

Kenneth Franklin Shinzato, de 33 anos, ex-membro dos marines e que no momento dos crimes trabalhava como funcionário na base aérea americana de Kaneda, em Okinawa, foi detido pela polícia japonesa em 2016.

Durante o julgamento, Shinzato admitiu que agrediu sexualmente Rina Shimabukuro, mas negou que tenha matado a japonesa de modo intencional.

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De acordo com a Promotoria, que havia solicitado a prisão perpétua, o ex-marine estrangulou a jovem antes de esfaquear a vítima.

Há alguns meses, o pai de Rina Shimabukuro afirmou que a família da vítima esperava a pena de morte para o agressor.

“Pensamos nela e rezamos por sua alma todos os dia. Não podemos perdoar”, disse.

Os casos repetidos de estupros, agressões ou acidentes de trânsito por embriaguez que envolvem militares americanos em Okinawa provocam a revolta dos moradores, que já pediram em várias ocasiões a saída dos americanos.

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O caso mais recente aconteceu há menos de duas semanas, quando um marine provocou um acidente de trânsito em Okinawa quando dirigia bêbado. Um japonês de 61 anos morreu atropelado.

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* AFP