O sexto acusado de matar a agente prisional Deise Alves, em 26 de outubro de 2012, em São José, na Grande Florianópolis, sentará no banco dos réus no próximo dia 29 de março, às 8h30min. Rudinei Ribeiro do Prado é o único dos acusados que ainda não foi julgado. Os outros cinco foram condenados novembro do ano passado a penas somadas de 97 anos de prisão.
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Rudinei, conhecido como Derru, foi um dos fundadores e líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção apontada como responsável pelo ataque a Deise. No processo, ele é apontado como mandante do crime. A agente era esposa do então diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves, real alvo do ataque dos acusados.
A previsão é que o julgamento do acusado seja menor que o primeiro júri ocorrido em novembro, que durou dois dias. Derru está detido numa penitenciária federal fora de Santa Catarina. A vinda dele para São José será cercada de um grande esquema de segurança. Um dos agravantes é que o acusado é dissidente do PGC, por isso estaria ameaçado pela facção. O réu será defendido pelo advogado Fabiano Moreira da Cruz, indicado como defensor dativo para o caso em janeiro deste ano depois que a Defensoria Pública deixou o processo.
No primeiro julgamento do assassinato, Evandro Sérgio da Silva, o Nego Evandro, e Adílio Ferreira, o Cartucho, pegaram 22 anos de prisão cada um deles, sendo 20 anos pelo homicídio e dois anos pela associação criminosa. A juíza Marivone Koncikoski Abreu, que também atuará no júri de Derru, levou em conta os maus antecedentes deles. Gian Carlos Kazmirski, o Jango, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão, sendo 16 anos pelo homicídio e 1 ano e seis meses por associação criminosa.
Os três deverão cumprir a pena em regime fechado. A magistrada negou a eles o direito de recorrer em liberdade. O réu Marciano Carvalho, acusado de atirar em Deise, foi condenado a 14 anos de prisão. A juíza determinou que ele poderá seguir em liberdade até o julgamento do recurso. Marciano nega o crime.
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Derru chegou a participar da primeira parte do júri de novembro, mas a juíza decidiu desmembrar o processo em relação a ele a pedido da defesa logo após o interrogatório do acusado.