Volante habilidoso, com ritmo cadenciado, bom passe e ótima finalização a média distância. Um tipo de jogador que se encaixaria bem em qualquer elenco. Jocinei é a exceção da regra. Pelo menos, foi assim no Joinville.
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Com poucas oportunidades, acabou liberado pelo Tricolor em julho do ano passado. Exatamente um ano depois, e sem o JEC ganhar um tostão por isso, foi apresentado na manhã da última terça-feira no Corinthians – o atual campeão mundial.
Com 23 anos de idade e uma carreira inteira pela frente, Jocinei vai ganhando elogios no Timão. Agradou a dirigentes, agradou a Tite e agora terá a missão de agradar à torcida ao longo da Série A. Seu contrato com o Alvinegro se estende até o fim de 2014.
Em conversa com a reportagem de “A Notícia”, Jocinei – que tinha o apelido de Rodeio no JEC, por causa da cidade onde nasceu – ainda mostra a mesma humildade que tinha quando estava no Tricolor. Mas não esconde a chateação por ter sido tachado pela torcida de “baladeiro.”
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-Eu me sentia chateado porque muitos torcedores falaram que eu era baladeiro. Quando comecei a treinar no profissional, coloquei na cabeça que levaria a sério-, lembra o jogador.
A vida de Jocinei no Joinville nunca foi fácil. Entre altos e baixos no clube, ele nunca conseguiu se firmar na equipe profissional. Mas a história mais triste da vida do jogador envolveu o pai. No mesmo dia em que estreou com a camisa do JEC, Osmir faleceu em Rodeio.
-Eu cheguei a pensar em parar de jogar futebol, mas a diretoria conversou comigo e me ajudou bastante-, conta o volante.
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Ele continuou, mas as oportunidades para entrar em campo diminuíram com o tempo. Apesar de ser sempre elogiado pelos técnicos que passaram pelo comando do JEC, Jocinei acabou sendo emprestado pela diretoria. Quando retornou, não se firmou, até que foi liberado.
Depois disso, ele atuou no XV de Piracicaba e no Rio Claro. Foi no último clube que ele chamou a atenção do Corinthians. As boas atuações ajudaram e levar a equipe à primeira divisão paulista e o jogador a um dos principais clubes do País.