Ex-jogador Christiansen diz que Espanha tem a melhor geração da história

– Não sei se será campeã, mas é a melhor geração que a Espanha já teve. A propriedade da afirmação é de quem viu de perto a evolução da base atual da seleção da Espanha, desde as categorias amadoras. Ex-jogador do Barcelona e da Fúria na década de 1990, Thomas Christiansen acompanhou o crescimento de jogadores como Piqué, Xavi, Iniesta, Puyol e Busquets e não hesita em dar o seu parecer.

– Sempre foram jogadores que chamaram atenção nas categorias de base. Mas o que impressiona a todos no clube foi o incrível desenvolvimento do futebol de cada um – conta o ex-jogador, de origem dinamarquesa, mas com cidadania espanhola.

Interaja com o conteúdo de Copa no Facebook do clicEsportes

A Fúria encara Portugal a partir das 15h30min desta terça (horário de Brasília), na Cidade do Cabo, pelas oitavas de final da Copa.

Hoje, Thomas atua ao lado de antigos ídolos do Barcelona, como o goleiro Carles Busquets (pai do titular atual da seleção), os zagueiros Javier Muñoz e Miguel Angel Nadal, e o meia Guilermo Amor, na equipe de veteranos do clube.

– Acompanhamos de perto o crescimento deles e, sempre quando nos encontramos no clube, conversamos e damos conselhos. Mas, nesta terça, eles já não precisam mais de nós – brincou Christiansen, que também atuou pelo Bochum, da Alemanha, onde foi artilheiro em 2003.

Retrospecto animador nas oitavas

A Espanha pode nunca ter conquistado um título mundial. Mas quando o assunto são as oitavas de final da Copa do Mundo, o retrospecto é animador. Nas cinco oportunidades em que disputou a fase decisiva, se classificou em quatro.

Na Copa de 1934, na Itália, eliminou o Brasil na fase decisiva pelo placar de 3 a 1, com dois gols de Lángara e um de Iraragorri. Em 1986, a vítima foi a Dinamarca. Em uma animadora goleada por 5 a 1, o destaque foi Brutagueño, que marcou quatro gols na partida.

Nas oitavas de 1994, nos Estados Unidos, foi a Suíça que voltou para casa mais cedo, após uma convincente vitória por 3 a 1 da Fúria. Em 2002, na Coréia/Japão, emoção para a torcida. Após empate com a Irlanda no tempo normal e na prorrogação, cobrança de pênaltis para decidir a vaga, que saiu após três desperdícios dos irlandeses.

Na Alemanha-2006, a França, antes de entristecer os brasileiros nas quartas de final, mandou os espanhóis para casa na fase anterior. Derrota da Fúria por 3 a 1.